segunda-feira, abril 26, 2010

Foto do dia de hoje...

O gato que se chamará Gato

tá assim:

da outra vez, disse não
          acabou virando sim
dessa vez digo sim
                       na esperança de ter um não!

De ontem...

"Quando não for possível ver o caminho, sinta a natureza, e deixe os sentimentos guiar-te. Nem sempre o caminho da racionalidade é o melhor" Iasi

domingo, abril 25, 2010

Comum-unidade

Me encanta as cores vivas das flores, os sorrisos tortos mais sinceros da simplicidade. Estou encantada com as facilidades da vida, com as viagens que faço sem sair da frente de um computador. Como me encanta saber que quanto mais viajo, mais conheço. Ah como estou encantada com a vida, com as pessoas e suas vidas.

Gostaria de viver ouvindo, gravando, registrando as tantas histórias que escuto mundo a fora. Trazer ao conhecimento de todos, as lutas, as dificuldades, as alegrias e experiências dos desconhecidos.

Mostrar o quão é belo se viver, experimentar os sabores, os cheiros do mundo. Reconhecer na vida do outro o sentido para valorizar a própria vida. Compreender que homem é um ser livre, criativo e curioso.

Os problemas são de todos. Todos têm, todos terão. Iguais ou não, partilhar a vida é importante para o crescimento mutuo ou mesmo para superar os próprios medos e defeitos que a gente se impõe.

Somos seres comunitários, procuramos de alguma forma, algum dia, alguém para nos entender, talvez ajudar. No fundo todos querem ser lembrados, querem ser importantes pra algum ser.

Na comum-unidade entendemos os prazeres da vida, e do mundo. Percebemos o natural da vida a intenção própria do significado de viver.

Carlos, apenas


Havia acabado de comprar uma coxinha de frango e uma coca-cola gelada. Peguei minhas malas e me sentei numa mureta na grande rodoviária de Curitiba.
Acabava de saborear a coxinha e apreciaria aquela coca que tanto gosto. Quando avistei de longe um homem magro com seus aproximados 30 anos, munido de documentos e alguns papéis amassados. O que me chamava atenção é que ele usava uma mini-saia branca com uma blusa três por quatro roxa e uma rasteira simples nos pés. No cabelo amarelado um arquinho rosa segurava a franja. Seu andar era manco e desconcertado.
Na mureta também, um pouco mais a frente de mim, duas mulheres loiras conversavam discretamente e quando viram aquele homem, imediatamente emitiram expressões de repudio e indignação e cochicharam entre si.
Virei meu rosto em outra direção e fingi não ter visto que ele se aproximava. Quando percebi, ele já estava a minha frente resmungando algumas palavras que não entendi. Sua boca era grande e tinha na parte de cima da gengiva apenas um dente amarelo.
Olhei para ele e arrisquei um sorriso confuso, que a priori de pena e solidariedade. Perguntei o que ele disse então me mostrando os documentos e os papéis que não pude ver direito, mas acredito que eram xérox de exame, me falou que precisava de ajuda para comprar algo de comer. Segundo ele, estava se tratando da AIDS, e disse que acabava de retornar a sua vida novamente.
Agora com certo receio do que ouviria, perguntei, “Que vida”? Ele me olhou desconcertado e gaguejando, falou que a vida de SER HUMANO. Senti naquele instante um nó na garganta e queria poder ajudar de algum jeito.
Como não gosto de dar dinheiro como esmola, expliquei que não tinha nada, apenas aquela coca-cola. Então ele me pediu um gole, entreguei a ele. Ele de alguma forma sorriu agradecido e começou a andar.
Eu estava curiosa, queria saber daquele homem, da sua vida, mas ele me parecia ter medo. Parecia ter vergonha daquela situação. Isso me apertou o coração. Foi quando perguntei seu nome e ele respondeu “Carlos”. Queria fazer algo por ele naquele momento, mas o que?
Acompanhei sua partida com os olhos, até que ele sumiu da minha vista. Queria chorar, espernear, gritar, queria expressar minha indignação. Não por ele, nem pelo que tenha feito. Se ele se drogava, se prostituía, mas porque ele fez aquilo consigo mesmo? Como chegou a esse ponto? Sou tão pequena, me senti inútil diante da situação. E me perguntava o que aquela coca-cola ajudaria na vida de Carlos?
Virei meu rosto em outra direção e fingi não ter visto que ele se aproximava. Quando percebi, ele já estava a minha frente resmungando algumas palavras que não entendi. Sua boca era grande e tinha na parte de cima da gengiva apenas um dente amarelo.

Olhei para ele e arrisquei um sorriso confuso, que a priori de pena e solidariedade. Perguntei o que ele disse então me mostrando os documentos e os papéis que não pude ver direito, mas acredito que eram xérox de exame, me falou que precisava de ajuda para comprar algo de comer. Segundo ele, estava se tratando da AIDS, e disse que acabava de retornar a sua vida novamente.

Agora com certo receio do que ouviria, perguntei, “Que vida”? Ele me olhou desconcertado e gaguejando, falou que a vida de SER HUMANO. Senti naquele instante um nó na garganta e queria poder ajudar de algum jeito.
Como não gosto de dar dinheiro como esmola, expliquei que não tinha nada, apenas aquela coca-cola. Então ele me pediu um gole, entreguei a ele. Ele de alguma forma sorriu agradecido e começou a andar.
Eu estava curiosa, queria saber daquele homem, da sua vida, mas ele me parecia ter medo. Parecia ter vergonha daquela situação. Isso me apertou o coração. Foi quando perguntei seu nome e ele respondeu “Carlos”. Queria fazer algo por ele naquele momento, mas o que?
Acompanhei sua partida com os olhos, até que ele sumiu da minha vista. Queria chorar, espernear, gritar, queria expressar minha indignação. Não por ele, nem pelo que tenha feito. Se ele se drogava, se prostituía, mas porque ele fez aquilo consigo mesmo? Como chegou a esse ponto? Sou tão pequena, me senti inútil diante da situação. E me perguntava o que aquela coca-cola ajudaria na vida de Carlos?

Vida da Linguíntico Jogo

















Tu. Tu. Tu.

Liberdade
Correria
Colar
Juventude
Verde
Água
Chocolate
Lenine
Paciência

Viagem
Amazônia
Televisão
Edição
Comunidade
Diversidade
Mudança
Positiva

Simplicidade
Amor
Cores
Momentos
Cantos
Beijo
Carimbó
Ônibus
Teatro
Pasquim
Ousadia
Conversa
Mensagem
Coca,cola

Surpresa
Abraço
Amasso
Livro
Política
Luta
União
Povão

Estudo
Tempo
Máquina
Cerveja
Dança
América
Pernas
Gênero
Poesia
Solidão
Paz
Crise
Metáfora
Favela
Vida
Vida
Vid
Vi
V
.