segunda-feira, junho 27, 2011

Política ou Cultura?

Tenho dois mundos á vista, ambos me chamam, me encantam...
É como se fosse uma estrada que num certo ponto da viagem ela se divide e é preciso escolher qual dos dois seguir. Caminhar nos dois seria possível? Teoricamente sim, mas na prática me parece um pouco complicado. Seria um abraçar de mundo. Fazer tudo e não fazer nada. Isso me preocupa.
São preocupações que as vezes me questiona: Pra que pensar nisso? Mas ao mesmo tempo é necessário, por mais que ridículo, é planejar, é definir uma linha de vida, de pensamento, de estudo.
Não quero saber tudo - apesar de achar uma boa ideia - quero me especializar numa vida, num jeito de viver.
Eu poderia ainda e acho até justo pensar em mais um caminho: Religião.
Serei em menos de 6 meses uma jornalista e pretendo fazer o que? Estar aonde?
Eu sempre digo "A vida é cheia de possibilidades", e é. Elas estão ai, basta decidir qual possibilidade você vai aceitar. 
Sei que posso caminhar pelos três caminhos, tranquilamente.
O problema está em "qual deles?"
A vida por mais que turbulenta ela precisa ter um foco, uma meta, isso precisa ser claro.
O medo não está em se arrepender, ou querer voltar, está em deixar dois caminhos para trás.

sábado, junho 25, 2011

Daquele dia de choro...



Mau conseguia te entender no telefone, o som do chorinho estava alto. O clima daquele bar me embalava. Estava extasiada. Cerveja, bolinho do Bodega, melhor amiga e risos.

O Bar
Lá é simples. E ao mesmo tempo rico. Rico porque concentra muita cultura. Muita gente vai lá. Encontro de tudo nas quintas-feiras. Se pudesse ia toda quinta. Quando estou livre é sagrado.

A Amiga
Doida. Fazia tempo que não trocávamos figurinhas. Junta cerveja, eu e ela, pronto, não vai prestar. Dito e feito. Ríamos tão alto, falávamos tão alto... estávamos muito bem. Muito certas do que queríamos naquela noite. Ambas apaixonadas pelo o que está longe. As duas sonhando com um encontro. Duas loucas à procura de liberdade e vida.

O choro
Música sem letra, mas que diz muito. Cada roda uma novidade. É sempre aconchegante. Cheia de técnica com muito improviso. Cerveja, coca-cola e instrumentos. Durante a música a comunicação é o olhar e a experiência de cada músico. Me encanto.

A Paquera
Eram dois também. Estavam do outro lado do choro. De pirraça começamos a olhar. Óbvio, não queríamos nada além de dizer não. Mas esse não, não aconteceu, porque os dois nipônicos se foram sem coragem de chegar para uma conversa. Fracos, dissemos.

Telefonema 1
Nada. Mais uma tentativa: voz baixa e um "não posso falar". Paciência, pensamos.

Telefonema 2
Oi amor... combinamos a vinda. Pode ser que seja para sempre mas o fato de lutar por um sentimento, ainda que incerto já vale a pena.

Telefonema 3
O meu. De certo o acordei. Voz baixa e de sono. Linda. Queria entrar pelo telefone me aconchegar na sua coberta. Mas era longe. Falamos pouco, matamos o que nos mata aos poucos: saudade. Sonhamos com o norte e contamos as novidades. De longe parece que estamos perto. Me disse um dia "Ouvir sua voz me faz crescer o desejo de tocar seu rosto, sentir sua pele e me envolver em seu corpo". Simplesmente amei.

Nossa mesa
Primeiramente nossa mesa é sempre democrática e com espaço pra mais alguém. Sentar num bar e não conhecer alguém diferente não é com a gente. Pediu, sentou. Detalhe que sempre estamos o mais perto possível da roda.

O casal
Chega um casal no bar, um pouco tarde já. O bar estava cheio, pediram e sentaram em nossa mesa. Duas simpatias. De cara vi que de lá vinha história. E não deu outra. Fui rápido mas marcante.

Fernando
Morou 5 anos em Belém. Não me lembro como chegamos neste assunto. Sei que vislumbrei com suas histórias. Tínhamos a paixão pelo norte em comum. E a vontade de pra lá voltar. Ele me prometeu uma cerâmica na próxima quinta, porém nos desencontramos e nunca mais nos vimos.

Ela
Não me lembro o nome, mas minha amiga se encantou. Tinham a experiência de organizar festas e fazer os contatos em comum.

O papo acabou porque ficou tarde pra eles... e pra nós.

Mas o fato é que a cada roda, a cada choro, a cada bolinho do bodega uma história.
A cada telefonema seu um carinho, um sonho de reencontro. Um fazer bem ao outro. 

quinta-feira, junho 09, 2011

Avaliar

Em tempos de muitas atividades, como o qual tenho passado, muitas vezes me deparo com o parar.
Pára tudo!
Suspende tudo!
E aí, só tenho tempo para escutar uma música que acalma, de certa forma, a minha correria.

Entendo que para a vida não se tornar superficial diante de tantas coisas que precisamos resolver necessitamos a cada dia resignificar nossas ações. Rever nossos passos. Avaliar o que temos feito.

Parar e observar a nós mesmo é um exercício cotidiano que preciso aprender a fazer.




"Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar"

sexta-feira, junho 03, 2011

Para minhas paixões...


Que sejam eternas...

As Paixões

Pode ser que isso seja normal, ou não, mas o fato é que as paixões malucas são o que me movem. Podem dizer que sou muito fácil (haha), não vou ficar brava. Ora pois, se é isso mesmo.

Vivo suspirando pelos cantos, vendo borboletas por todos os lados e flores. A cada dia uma paixão em minha vida é descoberta. São várias, me apaixono por pessoas (homens, mulheres, crianças...), por projetos, músicas, filmes, livros, imagens, é tanta coisa que não dá pra citar.

A verdade é que quando me apaixono assim, vira um vício. Só penso naquilo, dia e noite, faço planos, sonhos... até que inesperadamente me canso, enjoou ou encontro outra paixão e é quando começa tudo de novo. Como uma ciranda de paixões. Estranho não? É exatamente assim como me sinto.

Agora preciso falar também das paixões eternas. Sim elas existem! As paixões eternas nunca se vão. As vezes elas esfriam, mas não morrem jamais. Esfriam e esquentam de novo. Vai e volta. Essas paixões são pra mim a base de tudo. Aquelas que me dão muitas frustrações, porém mais que isso, me ensinam a viver. Me ensinam a errar, parar, pensar, refazer, recriar e mudar a cada momento.

Preciso dessas paixões. Como também preciso das passageiras para me trazer novidades. Volta e meia as passageiras se transformam em eternas e aí o vício não tem mais cura. Para serem eternas, as passageiras precisam estar abertas para o meu sentimento, meu trabalho, minha motivação.

Paixão é um ciclo simples, que na prática pode ser bem complicado de entender, mas peço que tentem. 

:)