Sua ansiedade atrapalhava a pobre menina. Tremia, gaguejava a cada frase completa. O que se passava com aquela menina? Antes tinha tanta segurança, tanto brilho e hoje parece mais uma parede fria, sem cor.
Nada é novo para ela. As pessoas, as músicas, a fala. É tudo velho. Mas ela não se sente tranquila. Tenho medo a cada vez que ela pára e olha para o papel, é como se fosse lhe dar um branco.
Sua face está avermelhada, de vergonha. Alguém se levanta. Os olhares são de condenação. O momento dos questionamentos é o pior. De repente, alguém se expressa. Sem palavras a menina se encolhe por debaixo do seu cachecol e pretende sair correndo. Mas não o faz.
Encara com coragem o fato de alguém dizer o que ela queria dizer de forma tão clara e bem feita. Ela agradece, envergonha-se, agradece de novo e imagina como seria se fosse alguém no lugar dela.
A menina não entende que tem muito a aprender, mas entende que já foi melhor.
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