Eu percebi que aqueles olhos azuis me encaravam quando resolvi dar uma olhada nos participantes da palestra. Achei estranho, um cara tão gato me olhando. Prossegui achando que estava vendo coisas. Mas não. Ele estava me olhando mesmo e eu comecei a retribuir discretamente. Mas já sentia que alguma coisa estava acontecendo. Quando sorri e ele me retribuiu tive a certeza: estava rolando um clima.
Eu estava na organização da palestra. No final fiquei arrumando a sala e ele conversando com os palestrantes. Quando estava saindo ele me puxou e sem mais nem menos pediu para eu segurar a sua blusa. Não entendi bem, mas peguei a blusa e fui esperar lá fora.
Passado alguns minutos ele chegou e agradeceu. Meu Deus, que cara gato! Vi que assim como eu, ele usava um anel de tucun. Perguntei e ele me disse que lutava pela causa dos oprimidos. Me apaixonei naquela hora. Bonito e da luta. Eu queria pra mim!
No caminho até o ônibus descobrimos amigos, movimentos e interesses em comum. Tínhamos que tomar uma cerveja naquela noite de qualquer jeito.
Já no ônibus, eu com uma amiga e ele com alguns amigos fomos conversando e nos equilibrando em pé. Combinamos de nos encontrar mais tarde. Eu não acreditei, mas eu e minha amiga fomos.
No bar sentamos em uma mesa redonda. Ele ao meu lado. Foram conversas engraçadas, passamos de pesquisas acadêmicas, para política, religião e viagens. Foi muito agradável. Tomamos cachaça, eu já estava alegre (mais que o normal).
Em baixo da mesa, de repente senti uma mão se aproximar da minha. Não conseguia acreditar. Fingi que nada acontecia, até que na segunda investida eu aguarei a mão dele ficamos ali de mãos dadas escondidas. Meu coração batia a mil e eu comecei a rir de qualquer coisa que falavam na mesa.
Levantei-me, pedi licença e fui ao banheiro. Meio cambaleando e rindo sozinha, olhei pra trás e aqueles olhos azuis estavam lá. Quase cai. Ele era um gato. Sem nenhum comentário ele me puxou para um canto mais reservado do bar e me beijou. Tive impressão de ter flutuado.
Começamos a rir e se beijar ao mesmo tempo. Não sei porque, mas não queríamos que o pessoal da mesa nos visse juntos. Trocamos alguns beijos e voltamos pra mesa, como se nada tivesse acontecido.
Passada uma meia hora, levantei e fui ao banheiro de novo. Chegando lá, percebi que ele me seguia. Riamos muito e beijávamos muito. Repetimos esse ritual mais umas 2 vezes, até que chegou a hora de ir. No fim todos da mesa já haviam percebido.
Saímos de mãos dadas e muito animados. Então ele me contou que estava indo embora em algumas horas, tinha passagem de avião marcada. Isso na verdade não me importava, estava tão feliz naquele momento que não poderia pensar no depois. Caminhamos assim até seu hotel. Todos se despediram e chegou a nossa vez.
Prometemos escrever um artigo acadêmico juntos e participar de algum evento em comum. Talvez isso realmente pudesse acontecer, Rio Grande do Sul não era tão longe do Paraná. Enchemo-nos de esperança e seguimos nossa vida. Na certeza de que aqueles olhos azuis ainda iriam cruzar com os meus, segui sonhando e suspirando apaixonada pela noite maravilhosa que tivemos.
Em baixo da mesa, de repente senti uma mão se aproximar da minha. Não conseguia acreditar. Fingi que nada acontecia, até que na segunda investida eu aguarei a mão dele ficamos ali de mãos dadas escondidas. Meu coração batia a mil e eu comecei a rir de qualquer coisa que falavam na mesa.
Levantei-me, pedi licença e fui ao banheiro. Meio cambaleando e rindo sozinha, olhei pra trás e aqueles olhos azuis estavam lá. Quase cai. Ele era um gato. Sem nenhum comentário ele me puxou para um canto mais reservado do bar e me beijou. Tive impressão de ter flutuado.
Começamos a rir e se beijar ao mesmo tempo. Não sei porque, mas não queríamos que o pessoal da mesa nos visse juntos. Trocamos alguns beijos e voltamos pra mesa, como se nada tivesse acontecido.
Passada uma meia hora, levantei e fui ao banheiro de novo. Chegando lá, percebi que ele me seguia. Riamos muito e beijávamos muito. Repetimos esse ritual mais umas 2 vezes, até que chegou a hora de ir. No fim todos da mesa já haviam percebido.
Saímos de mãos dadas e muito animados. Então ele me contou que estava indo embora em algumas horas, tinha passagem de avião marcada. Isso na verdade não me importava, estava tão feliz naquele momento que não poderia pensar no depois. Caminhamos assim até seu hotel. Todos se despediram e chegou a nossa vez.
Prometemos escrever um artigo acadêmico juntos e participar de algum evento em comum. Talvez isso realmente pudesse acontecer, Rio Grande do Sul não era tão longe do Paraná. Enchemo-nos de esperança e seguimos nossa vida. Na certeza de que aqueles olhos azuis ainda iriam cruzar com os meus, segui sonhando e suspirando apaixonada pela noite maravilhosa que tivemos.