segunda-feira, junho 28, 2010

À Noite Sonhei Contigo

Paula Toller

À noite sonhei contigo,
E não tava dormindo!
Justo ao contrário,
Estava bem desperto...

Sonhei que não fazia
O menor esforço,
Para que te entregasses.
Em ti, já estava imerso...

Que lindo que é sonhar
Sonhar não custa nada
Sonhar e nada mais
De olhos bem abertos
Que lindo que é sonhar
E não te custa nada mais que tempo...

Sofrer com tanta angústia
Por coisas tão pequenas
Gastar essa energia
Assim não vale à pena

Quem dera me livrar
Pra sempre de mim mesmo!
E só me reencontrar
Lá no teu doce abismo...



Voltado da aula hoje, ouvi essa música na Radio UEL. Perfeita!
Para mim tem sinônimo de liberdade, de vida, esperança...
Apenas sonhar...
As vezes não nos permitimos sonhar. Vivemos simplesmente levando... empurrando com a barriga a nossa vida e nossos compromissos.
Sonhar e perceber o mundo de outra forma
É se olhar com olhar de amor
Sonhar é compreender que podemos mudar...
Sonhar!

domingo, junho 13, 2010

Recordações...

Deveria estar me arrumando para dormir, mas precisava escrever pra clarear as idéias.

O que me intriga hoje, é um ínicio de nostalgia que estou sentindo chegar no meu “corpinho”. Semana começando, muitas atividades e uma estranha saudade do passado.
“Só se tem saudade do que é bom”, já dizia alguém desconhecido por mim...

É, realmente as lembranças que rodeiam meus pensamentos essa noite, são de muita alegria. São de momentos fortes, que me marcaram!
Sabe quando você pára, fixa os olhos num lugar e de repente é como se nos teletransportamos para uma outra atmosfera?
E viajamos em nossos pensamentos, nossas recordações e num instante de segundos, conseguimos visualizar cada detalhe daquele momento, chegamos a sentir o cheiro, o gosto e até o toque...
É fantástico, sorrimos por dentro. Um frio na barriga e uma dor que parece não ter fim... Pronto! Bateu aquela saudade. Mas o que dói na real é saber que isso não volta mais. Mas ao mesmo tempo um orgulho de ter vivido.
Essa felicidade incendeia o coração.
Ah! Meu Deus! Como é bom poder se lembrar!
Como é ruim sentir saudade!

Ok! Resolvi olhar fotos velhas, não tão, mas passadas...
Aí, a coisa piora, rola até uma lágrima tímida pelo rosto áspero do frio.
Desespero! Uma vontade maluca de querer falar, gritar, chorar alto, rir e partilhar com alguém!

Hoje, tudo é diferente. Amanhã também, e daqui uns dias, vou me recordar de hoje e chorar as mágoas por sentir saudades. Parece-me que essa é a vida!

Viver... Viver... Lembrar de que viveu... E continuar a viver!

Essa semana será nostálgica...

Foto: Um momento mágico na minha vida! Aconteceu no começo deste ano (2010) em Ipanema-PR, na Semana de Convivência da Juventude Josefina Marelliana (JJM). Eu e algumas pessoas havíamos preparado a oração da manhã, que seria na praia, vendo o sol nascer. Estava preparado o Oficio Divino da Juventude (ODJ). Na hora do Pai-Nosso, em uma roda na beira da praia, o sol estava surgindo faceiro. Me virei e olhei para trás, num instante maluco, tive a idéia: Rezamos o Pai-Nosso, de mãos dadas com o mar. Sentido aquele sol tocar no rosto, aquela brisa da manhã e aquela areia gelada refrescar nossos pés. Foi maravilhoso! Uma felicidade invadiu meu coração. Lá estava minha alegria. Amigos, Natureza e Deus, juntos. Me recordei disso hoje. Pude ouvir as nossas vozes se unindo com o som do mar. Inexplicável!

sábado, junho 12, 2010

O que me parece?


Em quem eu quero me transformar?
Nestes seres hipócritas, que outrora caminhavam pelas ruas agitadas de Londrina?
Seres que vivem fazendo apenas o que é devido.
Seres programados pela correria, criada por eles mesmos para suprir a solidão que encontram no ócio, para suprir a solidão da baixa auto-estima que ficam ao lembrar que vivem para morrer.
Vivendo por viver, dependendo dos fatos.
Agem por instinto apenas.
Negam os sinais emitidos pelo corpo, pela natureza.
Tratam como normal a mente enlouquecer e viver do desequilíbrio.
Seres que não se valorizam, que não valorizam o que possuem.
Não se sentam mais pra comer.
Acham belo fazer tudo junto e mal feito.
Perderam-se os rituais.
Agora, eu entendo ficamos assim!
Não paramos e achamos normal viver de falhas alegrias.
Achamos normal sofrer para viver.
Sofrer para valorizar.
Culpam-se por aproveitar o ócio.
Parar para pensar é proibido no mundo de hoje.
Sinto-me ridícula porque eu vivo assim.
Eu sou assim!
Seres que não sorriem para a vida.
Ir contra tudo isso?
Parece-me loucura!

sexta-feira, junho 11, 2010

Fotos e uma boa música

Parei para observar novamente. Aquele dia escolhi a roupa certa. Dificilmente isso acontece. Muita gente estava lá, aglomerada esperando uma iniciativa.
Fotos, fleches, sorrisos amarelados e abraços frios, numa noite fria. Lá reinou de fato a falsidade e o puxa-saquismo exagerado.

Naqueles profissionais do jornalismo a mesma pauta, o mesmo enfoque, as mesmas perguntas e enquadramentos. Desperta em mim a necessidade. Vendidos os profissionais? Não acredito. Apenas cumprem seu (árduo) trabalho de fingir que gostam daquele ambiente e se interessam por aquele assunto.

Mais fotos, e a prioridade são os fotógrafos. Eles ficam na frente, não prestam à atenção no que é dito, não pedem licença, nem desculpa. Atrapalham a visão de quem quer ver. Sem noção. De 50 fotos, 1 será escolhida.

Diante daquela mesa farta de torrada e patê colorido, as pessoas falavam alto, conversavam e fingiam classe. A maioria (assim como eu) foi lá só para fazer média e contatos. Quando se entra na faculdade percebemos que isso é de extrema importância.

Mas o pior estava ainda por vir. Enxurrada de palavras prolixas inundou o Ouro Verde. A “coisa” era tão bem dita que se tornava real. E lá vai, um professor (que não poderia faltar) representando a classe nobre e que não recebe o valor devido. Falou poucas palavras. Pouco do que me lembro é um ditado “Falo alto para ser ouvido e pouco para ser aplaudido”. O cidadão teve suas palmas, mesmo que o microfone estava bem baixo.

Lá vem o ex-governador, esse nem prefiro falar, tive um lapso de memória (ou realmente não escutei) e não me lembro o que ele discursou. Trágico. Preciso preservar espaço no meu HD (cérebro).

Por fim a mais esperada, a escritora que mantinha aquele sorriso intacto desde o inicio do lançamento. Não é fácil manter-se simpática o tempo todo (experiência própria).

Suas palavras encantaram, emocionaram. Realmente via-se um amor “incondicional” (?) pelo programa. Desavisados ou novatos, entenderiam que é necessário o registro dos feitos, e este livro era isso: mostrar para estado e Brasil a importância de se investir na educação e na comunidade. Criando uma interação entre as mesmas,

Conhecidos e velhos de carreira compreenderiam a importância de se investir na visibilidade. Este ano, é um ano de muitas “mudanças” (ou não). E sabemos, todos, que a luta é grande. Por isso... Sem mais palavras.

A noite terminou com aplausos e uma fila chata para autógrafos no livro. Uma foto, um beijo, um abraço...

Custava 15 reais. 15 reais para 10 ou 15 minutos de leitura. As cores alegres. As fotos bem selecionadas, muitos rostos de gente que foi beneficiada com o programa. Fotos! A diagramação, muito legal para aqueles livros de mensagens com fotos de animais...

Eu não comprei, mas tive meu abraço, meu beijo e minha foto!

PS: A música realmente era de qualidade!