Parei para observar novamente. Aquele dia escolhi a roupa certa. Dificilmente isso acontece. Muita gente estava lá, aglomerada esperando uma iniciativa.
Fotos, fleches, sorrisos amarelados e abraços frios, numa noite fria. Lá reinou de fato a falsidade e o puxa-saquismo exagerado.
Naqueles profissionais do jornalismo a mesma pauta, o mesmo enfoque, as mesmas perguntas e enquadramentos. Desperta em mim a necessidade. Vendidos os profissionais? Não acredito. Apenas cumprem seu (árduo) trabalho de fingir que gostam daquele ambiente e se interessam por aquele assunto.
Diante daquela mesa farta de torrada e patê colorido, as pessoas falavam alto, conversavam e fingiam classe. A maioria (assim como eu) foi lá só para fazer média e contatos. Quando se entra na faculdade percebemos que isso é de extrema importância.
Mas o pior estava ainda por vir. Enxurrada de palavras prolixas inundou o Ouro Verde. A “coisa” era tão bem dita que se tornava real. E lá vai, um professor (que não poderia faltar) representando a classe nobre e que não recebe o valor devido. Falou poucas palavras. Pouco do que me lembro é um ditado “Falo alto para ser ouvido e pouco para ser aplaudido”. O cidadão teve suas palmas, mesmo que o microfone estava bem baixo.
Lá vem o ex-governador, esse nem prefiro falar, tive um lapso de memória (ou realmente não escutei) e não me lembro o que ele discursou. Trágico. Preciso preservar espaço no meu HD (cérebro).
Por fim a mais esperada, a escritora que mantinha aquele sorriso intacto desde o inicio do lançamento. Não é fácil manter-se simpática o tempo todo (experiência própria).
Suas palavras encantaram, emocionaram. Realmente via-se um amor “incondicional” (?) pelo programa. Desavisados ou novatos, entenderiam que é necessário o registro dos feitos, e este livro era isso: mostrar para estado e Brasil a importância de se investir na educação e na comunidade. Criando uma interação entre as mesmas,
Conhecidos e velhos de carreira compreenderiam a importância de se investir na visibilidade. Este ano, é um ano de muitas “mudanças” (ou não). E sabemos, todos, que a luta é grande. Por isso... Sem mais palavras.
A noite terminou com aplausos e uma fila chata para autógrafos no livro. Uma foto, um beijo, um abraço...
Custava 15 reais. 15 reais para 10 ou 15 minutos de leitura. As cores alegres. As fotos bem selecionadas, muitos rostos de gente que foi beneficiada com o programa. Fotos! A diagramação, muito legal para aqueles livros de mensagens com fotos de animais...
Eu não comprei, mas tive meu abraço, meu beijo e minha foto!
PS: A música realmente era de qualidade!
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