domingo, fevereiro 27, 2011



Eu quero os pequenos detalhes que me fazem viajar num infinito mundo de riquezas microscópicas
Quero um olhar apurado, que veja além das paredes, além dos próprios olhos os sentimentos camuflados pela representação
Um pouco mais de histórias de desconhecidos, invisíveis excluídos
Eu quero escutar o som do respirar das formigas, quando elas estão paradas sobre meu corpo
Quero poder sentir o tocar do som, que vibra quando me entrego a dança, a dança que me balança
Ah! Quero sentir o gosto doce, ardido, amargo e insosso da água limpa que saí da nascente do rio
Quero um pouco de você, um pedaço da sua argila para completar a minha
Tocar o rosto daquela mulher suja e suada, quente do sol que torra
Dar a mão para a criança que sorri sem medo de enfrentar o medo de morrer de fome
Admirar aquelas imagens em movimento na tela que me traz sensações
Suas tantas cores que alegram meu olhar em meio a tanta destruição
Meus pés só querem o ladrilho gelado da cozinha que guarda os bons sabores da minha vida
Quero lembrar a cor dos seus olhos quando eles se abrem enquanto nos beijamos
Vou sentir tudo isso até que tudo vire pó.
Meu sentir olha, toca, escuta, degusta e te beija
Até que seja pó!

Nenhum comentário:

Postar um comentário