terça-feira, dezembro 20, 2011

más nada.

Aconteceu que me apaixonei, e toda aquela história de levantar o pé enquanto nos beijamos, aquele frio na barriga quando você me olha de lado e aquele estar sem palavras quando ficamos frente a frente, se tornam reais.
Já não sei mais o que fazer, me rendo àquele Soul e àquele rastro de Chanel que ficou em minha roupa, passo a pensar em ti a cada meio segundo. É trágico diria Dionísio, o Baco. Poderia virar uma piada nos filmes de Mr. Bean ou até caso de serial killer para Hannibal Lecter.
Sem exageros, eu diria que é apenas amor.
E diria também: Te quiero, más nada!

quinta-feira, novembro 24, 2011

aprendi com o amor


Venho mais uma vez falar de amor. Na verdade, ultimamente não sei falar de outra coisa.
Amar é tão bom, que quando a gente se permite viver esse sentimento nos sentimos completos.
Eu não estou falando apenas do amor ao próximo, e ai vocês vão entender o que eu aprendi com o amor.


Aprendi a amar a vida, ou as vidas, as formas de vida...
Quantas vezes a gente já sofreu por um amor não correspondido? Eu já perdi a conta.
Mas parei com isso, tenho amado amar!
Confuso? Explicarei...


É como viver um amor transcendental. Amar pelo simples fato de poder amar.
Amar o sol, as flores, um amigo, um pai... amar tudo que é vida.
Amar...
Quando não correspondida da forma como espero, não tenho a malvadeza de transformar o amor em sofrimento.
Transfiro esse amor para a beleza da vida.
Para todas as vidas que me rodeia e me traz alegria.
Vivo esse amor de uma outra forma.


É um pouco platônico, confesso.
Mas é amável, é amar o amor.
Amar o dom que o ser humano tem de amar.
E viver esse amor.


*Escrevi este texto ouvindo "Amor é pra quem ama" do Lenine. Escute, é inspirador:
http://www.lenine.com.br/faixa/amor-e-pra-quem-ama

quinta-feira, novembro 17, 2011

É uma pena...

É uma pena que nada era real
De pronto pensei ser possível, mas no fim não passou de sonhos e encantos
Culparia a vida, o sol, o calor, o rio, a Deus...
Mas não adiantaria, saberia que no fundo a motivação vinha de mim
Apenas de mim
Culpar alguém, algo ou uma situação seria melhor
Entretanto olhar para mim é necessário
Tenho aquele péssimo costume de colocar nas pessoas uma importância quase que unica
Tenho a mania de achar que algumas pessoas podem me dar o mesmo que eu posso dar
Porém, é mais do que um clichê "nem sempre as pessoas podem dar o que esperamos", confuso, espero demais então...
Se não podemos esperar algo de alguém como ficamos? É possível isso?
Me atentarei ás questões, já que as respostas estão longes de serem sanadas
Que culpa tenho eu de amar demais?
Que culpa tem o próximo de não amar tanto assim?
É uma pena que não pensamos isso antes de começar uma relação, seja ela qual for
Quando nos damos conta estamos ai, sentados no banco de uma praça, sozinhos, olhando o dia passar lentamente e no coração a memória de algo que talvez nem aconteceu de verdade (apenas no seu pensamento), numa saudade de um tempo que ainda não passou...



quinta-feira, novembro 03, 2011

sinto

Sinto um aperto dolorido de vontade de gritar, correr e ir ao teu encontro.
Sinto uma vontade maluca de te abraçar e ficar contigo, pertinho, juntinho.
Sinto uma falta, uma distância maior que a distância física.
Sinto um longe do outro.
Eu só queria você, mais nada.
Estar ai do seu lado para mim já estava bom.
Enquanto nada disso acontece e meus sentimentos continuam cutucando meu coração,
Eu rezo por ti, rezo por esse amor, que se realize.

segunda-feira, outubro 24, 2011

Te guardo aqui no meu coração faz tempo.
Só espero o momento certo para te pagar nas mãos e com um sopro te tornar real.

sábado, outubro 22, 2011

Amizade

Engraçado. 
Tem coisas que são realmente engraçadas! 


AMIZADE: 


Amig@s de verdade, vão sempre na nossa! Querem mesmo nossa felicidade, não importa com quem seja, como seja... estão lá, se adaptando as nossas mudanças, ideias, amores... Estão lá, nos apoiando e sempre nos desejando felicidade. Obrigada a vocês amig@s de verdade! Como seria se não @s tivesse? Com quem compartilharia minhas loucuras? Meu Deus! Felicidade não é nada, se não for compartilhada com quem amamos.


Obrigada. Obrigada. Obrigada.

quinta-feira, outubro 20, 2011

alegria de ti

Parece tanta loucura, ter uma amor assim. Suas palavras invadem de uma forma o meu ser, que não sei ser mais do que um ser em êxtase. Saber de ti é tão bom quanto tomar um sol da manhã observando as nuvens brancas correr rápidas pelo céu azul.
Se soubesse de ti toda hora enlouqueceria de felicidade. Talvez por isso fico tanto sem saber. Para a cada surpresa de ti meu amor se renovar como um banho numa cachoeira de águas límpidas e frias em um dia quente.
Se tivesse um pouco de você todos os dias, bastaria para minha alegria diária. Viveria de ti na simplicidade da natureza. Beleza natural e amor, só.
Como não vivo de ti e moro longe do natural, me contento com pequenas porções de alegria, vindas quando se menos espera. 
E é como se amor e natureza se unissem para completar minha alegria. Saber um pouco de ti é assim. Ouvir sua voz de vez em quando é assim. Não esperar de ti é assim, tão natural e amável. 
Obrigada.

quarta-feira, outubro 19, 2011

1. Eternamente responsável?

Estou com uma frase na cabeça já faz algum tempo e o significado dela tem me encucado bastante. Encucado no sentido de me questionar, até que ponto ela realmente procede?

Quem nunca leu ou ouviu aquela frase do livro "O Pequeno Príncipe" de Saint-Exupéry?

"Tu te tornas ETERNAMENTE responsável, por aquilo que cativas"

Orra, já tomaram conta da força dessa frase na vida de uma pessoa? 
- Eu simplesmente estou em crise!

Eternamente é muito tempo!

Vamos para uma rápida análise:

Tu te tornas - não há escolha aqui, você se simplesmente se torna, automaticamente, querendo ou não, você muda para uma posição específica... 
Eternamente - para sempre, que não se altera, algo que se tem início, no caso quando você se tornou, mas não tem fim. Você não poderá "destornar".
Responsável - aquele que responde por um ato, por alguém, por algo.

Um adendo. Você será para sempre aquele que responde por alguém. Forte isso né?
Continuemos...

Por aquilo - aqui pode ser qualquer coisa. Uma pessoa, um animal, uma situação, um grupo, enfim, algo que você possa se responsabilizar.
Cativas - é cativar, seduzir, convencer, encantar... Aqui fica evidente que pode ser algo que você queira cativar, ou não.

Entenderam bem a força da frase e a responsabilidade daquele que cativas?

Vamos aqui tratar "aquilo" como uma pessoa.

Então, você será para sempre responsável por alguém que você cativou. E você não pode escolher nada!

Não necessariamente você queira cativar alguém, mas tem horas que isso é incontrolável. E ai? Como ser responsável por aqueles que você nem pensava em cativar, mas cativou?

E aqueles que você realmente queria cativar? 
Vivemos num mundo globalizado, onde é possível conhecer pessoas de todos os lugares do mundo, e cativá-las, sim, mesmo que virtualmente. Ou podemos conhecê-la fisicamente falando, e manter uma amizade virtual, pelo fato da distancia. Hoje isso é possível e totalmente normal.

Mas digam: como se responsabilizar por essa pessoa? Como acompanhá-la? Como ajudá-la? Como saber da sua vida, assim tão longe?

Caímos num impasse então. É possível mesmo ser eternamente responsável por aqueles que cativas?

Quantas pessoas cativamos por esse mundo a fora? E quem se responsabilizará por elas?

O que realmente entendemos por amizade? Ser amigo não requer dedicação?

Eu tenho muitos amigos. Tenho muitos conhecidos. Quanta gente cativei! Meu Deus!
E agora? Sou uma irresponsável consciente. Não consigo me responsabilizar por todos. Isso é um pecado, um erro. 

Posso ligar de vez enquanto, mandar um e-mail, fazer um comentário no Facebook, mandar um SMS, ou ainda fazer uma visita de vez em nunca.

Isso é responsabilidade? Me diga Pequeno Príncipe.

terça-feira, outubro 04, 2011

Antes, Agora, Depois

É preciso dizer
Antes de tudo que meu coração
não mais se parte como Antes
Agora é dizer que ele se enche
de amor
amor de Antes e de Agora
Do Agora que traz saudade 
do que viveu Antes
Meu coração Agora tem esperança
calma
alegria
Sabe que Agora é amor
Amor que fará do Antes o Agora
e o Depois
Para Sempre.

segunda-feira, outubro 03, 2011

Livres para amar

Há um tempo escrevi um texto sobre o Amor Livre para a faculdade e acabei não postando no Blog da sala, mas como o texto (na minha opinião) ficou legal, resolvi postar aqui. Curtam!

Antes de mais nada só gostaria de deixar claro: Qualquer semelhança é mera coincidência. E não necessariamente um estilo de vida que eu apoio... ou é. haha

Hoje o nosso assunto é “Amor Livre” ou usando um termo mais atual “Relacionamento Aberto”. Seja ele qual for, a parada é simples: “Pego e não me apego”.

Me vieram dizer qualquer dia desses que Amor Livre já era. #EuRi

Sinceramente essa pessoa não faz ideia de qual a vibe da galera de hoje em dia. Já dizia a música dos Tribalistas - Já sei Namorar “Não sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem”. Escutem antes e depois me digam se o negócio realmente não é bom?



Não gente, isso não é feio não! É na verdade um ótimo negócio pra aquela pessoa que não tem saco pra aturar família de namorado(a), não tem dinheiro pra ficar comprando presentinho, nem TIM pra ficar mandando mensagens e ligando toda hora. É porque no Amor Livre, é assim: Sou livre! Eu na minha e você na sua, se um dia rolar a gente volta ficar, caso contrário, valeu! Tiau! Fui! Beijos...

E a vida continua, colorida, feliz e na liberdade. Noutro dia você conhece alguém diferente, tece relações e pronto, acabou! Sem compromissos, sem aquele “Você me liga?”, “No baby, finished!”

É claro que no Amor Livre tem algumas regrinhas, que se você quiser pode seguir, se não, faça como você achar melhor, afinal você é... já sabe né? Melhor, vamos parar com essa de regras, serão dicas para você ser feliz no Amor Livre. Que tal?

#ficadica1 Tente (porque é difícil) nunca ficar com alguém na frente daquela pessoa que você já pegou. Pode ser que o caminho de vocês se cruzem novamente e não vale a pena descartar um cartucho. A não ser que você realmente queira dar um tiau pra aquela pessoa que não sai do seu pé.

#ficadica2 Deixe claro desde o principio que você não tá afim de nada sério. É bom ser sincero(a) para não iludir. Vai por mim isso depois dá um trabalho tremendo!

#ficadica3 Se for ficar com mais de um cara, ou uma menina da sua roda de amigos, pense bem, depois que tudo passar eles(as) vão começar a te zoar e se duvidar te chamar de rodado(a). Se você for uma pessoa descontraída e não ligar pra essas coisas, ignore essa dica, ok?

#ficadica4 Tente não se apaixonar. Em certos casos isso é difícil e toda a sua mala de “Pego e não me apego” vai por água a baixo. E além disso na maioria das vezes o(a) peguete não quer nada sério e ai o que acontece? …

#ficadica5 Tenha sempre alguém para amar. É isso mesmo! Aquele ou aquela que no fim das contas é quem você realmente gosta. Essa pessoa será sempre especial para você e não pode nem imaginar que você curte um Amor Livre. Ou talvez você até possa ter um relacionamento aberto. Cada um fica com quem quiser porém nenhum dos dois pode ficar sabendo de nada. Mas isso precisa ser previamente combinado para que mais pra frente não role um desconforto.

#ficadica6 Ainda nesse assunto de relacionamento aberto, se você gostar mesmo da pessoa, porém quer curtir a vida: Tenha metas! Procure ficar com alguém que pelo menos seja melhor que seu(sua) peguete fixo. Isso é importante para não desvalorizar o produto.

Por fim #ficadica7 Ame, ame muito! Porque quando você ficar mais velho(a) provavelmente vai querer alguém para sempre e aquela parada toda de casamento, filhos... Então aproveite enquanto esse estilo de vida ainda te convêm.

É isso pessoal, tem pessoas que acreditam como eu que amor não pode ser limitado a uma convenção social, ou seja, quando se ama precisa namorar, casar, essas coisas. O amor precisa ser livre para ser intenso e muitas vezes verdadeiro.


Um Beijo e Viva O Amor Livre!!!!! 

terça-feira, setembro 13, 2011

de Fernando Pessoa

‎''Encerrando ciclos... Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és... E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão”

terça-feira, setembro 06, 2011

precisamos de tempo

Me olha como se me amasse, me trata como se quisesse estar comigo. Não entendo teus sinais, tampouco posso imaginar teus pensamentos.
Me engano ao pensar em nós, não há nós. Existe apenas eu e você. Longe demais para poder saber se há amor, se há dor. 
O que posso dizer de um sentimento assim?
Estranho.
Confuso.
Digo que falta tempo. Proximidade.
Falta você aqui comigo. Na minha bagunça. Na minha loucura.

terça-feira, agosto 09, 2011

Meu coração...

Tenho medo de mais uma vez estar me enganando. Meu coração vive me confundindo. No fundo nem eu consigo entendê-lo, sou uma mera marionete de suas paixões. É, meu coração tem vida própria, ama e desama quando quer. Se apaixona e pára de se apaixonar quando enjoa, eu me cansei de tentar controlá-lo, é em vão. Meu coração é um menino sapeca, que só pensa em viver intensamente. Gosta de adrenalina de estar sempre a mil por hora. É livre. Não se prende a ninguém e ao mesmo tempo é tão grande que chega a caber todas as pessoas do mundo. Ele é uma simpatia, gosta de bom humor e não pode ver uma oportunidade de aventura que pronto, se envolve! Mas ele também se engana, coitado. Se frustra, acredita em promessas, escolhe pessoas erradas e sem querer acaba machucando outros corações. Isso é o que mais dói nele, magoar alguém. Porque meu coração é malandro, se magoa sim, mas no outro dia pra ele já está tudo bem. Nunca vi um coração para se recuperar tão rápido. Mas agora ele tem vivido um drama. Uma nova paixão? Passageira? Um amor? Nem ele sabe ainda, o que eu já percebi é que ele não vai sossegar até ter o que quer. Meu coração é maluco, gosta de desafios, de coisas impossíveis. Talvez ele esteja querendo se aquietar, ir mais fundo num sentimento, não sei. E eu vou fazer o que? Ir contra ele seria ir contra a mim mesmo, por isso eu vivo com o coração palpitando sem parar!
... não sei porque, bate feliz quando te vê!

quarta-feira, agosto 03, 2011

Sua canção

Os dias estão cada vez mais escuros
O Sol não me esquenta mais quanto antigamente
A sua falta está me enlouquecendo
Seu carinho me esquentava
E agora não tem mais nada
Além das boas lembranças de seus olhos 
Do seu sorriso sedutor e suas suaves palavras
Sua calma me acalmava, não tem mais calma
Me desespero!
O que tem agora é uma canção composta
Na qual não me canso de escutar
Conheço cada batida, sei de cada segundo...
Preciso disso para sentir você perto
Quase posso tocar sua mão
E sentir seu beijo envolvente
É como um sonho que se acaba e recomeça cada vez que escuto a canção.

quinta-feira, julho 07, 2011

Amor de 4 estações...

Assustada acordei. Não poderia ser! Não era... 
Por um instante pensei ter estragado tudo, mas era apenas um sonho.
Passei o dia pensando naquilo. Naquela pessoa tão especial que aparecia no meu sonho.
Lembrei-me das loucuras, dos momentos e papos.

Trovejava muito, a cada raio a praia se iluminava. Era um sentimento de medo com ousadia, isso é loucura! Mas estava perfeito a noite era linda. Descalço caminhamos pela areia, conversamos de paixões e futuro. Paramos e resolvemos viver o presente.

Mágico não foi, porque era real. Nunca imaginara que isso aconteceria comigo tampouco com aquela pessoa. Foi difícil para mim compreender tudo o que se passava. Mas para que entender? Ora, se viver é muito melhor.

E foi exatamente assim, aproveitamos. Nossos olhares condenavam, mas ninguém percebia.  Curtimos um ao outro, sem pensar no depois. Na festa, só queríamos dançar. Eu bebi demais, perdi noção do perigo e isso foi bom!

Em meio a fumaça da área dos fumantes, aproveitamos para trocar alguns beijos. Não sei porque, mas quanto mais perigoso, mas gostoso. Poderíamos ser pegos a qualquer momento, o que fazíamos se descobertos, era o fim de muitos processos.

No fim da noite, ficamos juntos como ele prometeu. De manhã foi tão rápido que mau pudemos nos despedir, mas sabíamos que foi bom para os dois. Eu estava radiante e ele começara a se preocupar.

Meu celular toca, é uma mensagem dizendo "Saudade" e ela trouxe-me só mais saudade de tudo. O que pensávamos ser apenas um amor de verão, já chegava no inverno e vira um amor de 4 estações. 

Pela conversa estava tudo acabado. Mas a vontade de sentir um ao outro era maior que qualquer decisão já tomada. Não resistimos... quanto mais negávamos, mais queríamos, e assim foi.


Foram conversas, telefonemas... não era possível nos esquecermos assim. Mais que isso a amizade cada vez mais se fortalecia, a cada dia preciso mais daquele ser!


Neste momento talvez seria a hora de traduzir todo o sentimento que existe, mas traduzi-lo talvez seria limitá-lo e isso não é verdadeiro. Por isso prefiro ficar com essa mistura de sentidos, encontros, medos e ousadias...


... e com a única certeza de que tudo foi bom e valeu a muito pena!


Faria/Faço tudo de novo!

segunda-feira, julho 04, 2011

romper

Sou alguém a beira de um ataque de loucura, já sinto alguns sintomas. Sonho tão alto que as vezes me perco entre as nuvens. Não esqueço do real, mas não gosto de vivê-lo são tantas frustrações, que no sonho são apenas medos resolvidos com um simples ato de heroísmo.

Sentir e desentir esta sou eu. Me sinto bem, logo mais desinto, e assim vai com todos os sentimentos humanos e mesquinhos que sou obrigada reter em minha mente. Rompê-los parece loucura. E se for?

Vivo num mundo que não é o meu, as vezes sinto. Meu mundo é bom, me divirto e desdivirto. Me alegro e me canso demais.

Estou num momento de decidir se vou ou se fico. Ir além do que eu tenho certeza que posso, ou continuar aonde estou, do jeito que estou.

Ir além do palpável é medonho dentro de mim. Mas os desafios são encantadores. O que não me encanta de verdade é a revolução que terei que causar no meu mundo. Revolução é uma palavra que carrego no peito, mas sou fraca quando preciso materializa-la. Revolução. Romper. Dói tanto quanto continuar. Mas a dor parece cessar um dia, a continuídade é certeza de permanecer. Me acostumo com a dor. Sinto-a tão forte, mas ignoro. Me aproximo do abismo, mas desafio minhas forças e fico neste balança mais não cai.

Eu sei. Todos sabem. Todos me dizem, mas acho que o tombo nunca vai acontecer. Erro meu. Está prestes a ser e eu sei.

Por isso as noites viram dia, o dia vira correria. E eu ignoro que preciso tomar a iniciativa.
Eu sei o que quero. Só não sei como conseguir o que quero.

Sei que preciso romper...

segunda-feira, junho 27, 2011

Política ou Cultura?

Tenho dois mundos á vista, ambos me chamam, me encantam...
É como se fosse uma estrada que num certo ponto da viagem ela se divide e é preciso escolher qual dos dois seguir. Caminhar nos dois seria possível? Teoricamente sim, mas na prática me parece um pouco complicado. Seria um abraçar de mundo. Fazer tudo e não fazer nada. Isso me preocupa.
São preocupações que as vezes me questiona: Pra que pensar nisso? Mas ao mesmo tempo é necessário, por mais que ridículo, é planejar, é definir uma linha de vida, de pensamento, de estudo.
Não quero saber tudo - apesar de achar uma boa ideia - quero me especializar numa vida, num jeito de viver.
Eu poderia ainda e acho até justo pensar em mais um caminho: Religião.
Serei em menos de 6 meses uma jornalista e pretendo fazer o que? Estar aonde?
Eu sempre digo "A vida é cheia de possibilidades", e é. Elas estão ai, basta decidir qual possibilidade você vai aceitar. 
Sei que posso caminhar pelos três caminhos, tranquilamente.
O problema está em "qual deles?"
A vida por mais que turbulenta ela precisa ter um foco, uma meta, isso precisa ser claro.
O medo não está em se arrepender, ou querer voltar, está em deixar dois caminhos para trás.

sábado, junho 25, 2011

Daquele dia de choro...



Mau conseguia te entender no telefone, o som do chorinho estava alto. O clima daquele bar me embalava. Estava extasiada. Cerveja, bolinho do Bodega, melhor amiga e risos.

O Bar
Lá é simples. E ao mesmo tempo rico. Rico porque concentra muita cultura. Muita gente vai lá. Encontro de tudo nas quintas-feiras. Se pudesse ia toda quinta. Quando estou livre é sagrado.

A Amiga
Doida. Fazia tempo que não trocávamos figurinhas. Junta cerveja, eu e ela, pronto, não vai prestar. Dito e feito. Ríamos tão alto, falávamos tão alto... estávamos muito bem. Muito certas do que queríamos naquela noite. Ambas apaixonadas pelo o que está longe. As duas sonhando com um encontro. Duas loucas à procura de liberdade e vida.

O choro
Música sem letra, mas que diz muito. Cada roda uma novidade. É sempre aconchegante. Cheia de técnica com muito improviso. Cerveja, coca-cola e instrumentos. Durante a música a comunicação é o olhar e a experiência de cada músico. Me encanto.

A Paquera
Eram dois também. Estavam do outro lado do choro. De pirraça começamos a olhar. Óbvio, não queríamos nada além de dizer não. Mas esse não, não aconteceu, porque os dois nipônicos se foram sem coragem de chegar para uma conversa. Fracos, dissemos.

Telefonema 1
Nada. Mais uma tentativa: voz baixa e um "não posso falar". Paciência, pensamos.

Telefonema 2
Oi amor... combinamos a vinda. Pode ser que seja para sempre mas o fato de lutar por um sentimento, ainda que incerto já vale a pena.

Telefonema 3
O meu. De certo o acordei. Voz baixa e de sono. Linda. Queria entrar pelo telefone me aconchegar na sua coberta. Mas era longe. Falamos pouco, matamos o que nos mata aos poucos: saudade. Sonhamos com o norte e contamos as novidades. De longe parece que estamos perto. Me disse um dia "Ouvir sua voz me faz crescer o desejo de tocar seu rosto, sentir sua pele e me envolver em seu corpo". Simplesmente amei.

Nossa mesa
Primeiramente nossa mesa é sempre democrática e com espaço pra mais alguém. Sentar num bar e não conhecer alguém diferente não é com a gente. Pediu, sentou. Detalhe que sempre estamos o mais perto possível da roda.

O casal
Chega um casal no bar, um pouco tarde já. O bar estava cheio, pediram e sentaram em nossa mesa. Duas simpatias. De cara vi que de lá vinha história. E não deu outra. Fui rápido mas marcante.

Fernando
Morou 5 anos em Belém. Não me lembro como chegamos neste assunto. Sei que vislumbrei com suas histórias. Tínhamos a paixão pelo norte em comum. E a vontade de pra lá voltar. Ele me prometeu uma cerâmica na próxima quinta, porém nos desencontramos e nunca mais nos vimos.

Ela
Não me lembro o nome, mas minha amiga se encantou. Tinham a experiência de organizar festas e fazer os contatos em comum.

O papo acabou porque ficou tarde pra eles... e pra nós.

Mas o fato é que a cada roda, a cada choro, a cada bolinho do bodega uma história.
A cada telefonema seu um carinho, um sonho de reencontro. Um fazer bem ao outro. 

quinta-feira, junho 09, 2011

Avaliar

Em tempos de muitas atividades, como o qual tenho passado, muitas vezes me deparo com o parar.
Pára tudo!
Suspende tudo!
E aí, só tenho tempo para escutar uma música que acalma, de certa forma, a minha correria.

Entendo que para a vida não se tornar superficial diante de tantas coisas que precisamos resolver necessitamos a cada dia resignificar nossas ações. Rever nossos passos. Avaliar o que temos feito.

Parar e observar a nós mesmo é um exercício cotidiano que preciso aprender a fazer.




"Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar"

sexta-feira, junho 03, 2011

Para minhas paixões...


Que sejam eternas...

As Paixões

Pode ser que isso seja normal, ou não, mas o fato é que as paixões malucas são o que me movem. Podem dizer que sou muito fácil (haha), não vou ficar brava. Ora pois, se é isso mesmo.

Vivo suspirando pelos cantos, vendo borboletas por todos os lados e flores. A cada dia uma paixão em minha vida é descoberta. São várias, me apaixono por pessoas (homens, mulheres, crianças...), por projetos, músicas, filmes, livros, imagens, é tanta coisa que não dá pra citar.

A verdade é que quando me apaixono assim, vira um vício. Só penso naquilo, dia e noite, faço planos, sonhos... até que inesperadamente me canso, enjoou ou encontro outra paixão e é quando começa tudo de novo. Como uma ciranda de paixões. Estranho não? É exatamente assim como me sinto.

Agora preciso falar também das paixões eternas. Sim elas existem! As paixões eternas nunca se vão. As vezes elas esfriam, mas não morrem jamais. Esfriam e esquentam de novo. Vai e volta. Essas paixões são pra mim a base de tudo. Aquelas que me dão muitas frustrações, porém mais que isso, me ensinam a viver. Me ensinam a errar, parar, pensar, refazer, recriar e mudar a cada momento.

Preciso dessas paixões. Como também preciso das passageiras para me trazer novidades. Volta e meia as passageiras se transformam em eternas e aí o vício não tem mais cura. Para serem eternas, as passageiras precisam estar abertas para o meu sentimento, meu trabalho, minha motivação.

Paixão é um ciclo simples, que na prática pode ser bem complicado de entender, mas peço que tentem. 

:)

terça-feira, abril 19, 2011

Resolvi escrever...

Resolvi partilhar alguns olhares que tive nestes últimos dias.

As vezes (quase sempre) o amor não vêm como a gente espera. E ai, o que fazer?
Eu? Sofro. Me frustro. Sonho. Desisto... isso é um fato. Mas não é algo perceptível e racional. Só entendo o que fiz - a merda que fiz - depois. E ai? Já era....

Me questionei: Se não é amor... o que será?
Agora não falo daquele amor, de namorar - como eu falava quando criança. Falo do amor pela causa. No meu caso a causa da juventude, do pobre e excluído. A causa de um outro mundo possível. É por isso que não largo mão. Faço por que amo.

Já que estou no assunto do amor, me lembrei de um sentimento que tive esses dias. Londrina, tem um povo muito acolhedor e simpático. A maioria de nós, cumprimentamos desconhecidos, falamos bom dia para todo mundo... Existem esseções, claro! E me veio uma conclusão besta: Sejamos sempre caridosos, ainda que doa. A caridade pode ser um sorriso, um gesto de simpatia, mesmo que não recebamos nada em troca.

Ah, a diversidade me encucou. Estive mais sensível a perceber as diferenças e como isso vi que legal é quando nos abrimos para o novo. Construímos coisas, espaços, culturas, conceitos... fantásticos. Juntamos experiências jamais vividas por um biólogo com a de um religioso. Imagina, no que isso pode dar?

Me lembrei agora de uma bobagem, aliais me perdoem por tantas bobagens hoje. Um dia um professor me disse que o Amor Platonico surgiu de Platão, porque ele amava Aristóteles. Entretanto o Ari, nunca quis saber do pobre e feio Platão. Dessa forma Platão sofria muito de amor platônico.
É claro, isso não tem muito a ver. Mas na época acreditei! 
E hoje escutando uma música de Julieta Venegas me encontrei muito nela, chama "Amores Platônicos". Considerando a minha facilidade de me apaixonar posso dizer que sou adepta ao amor platônico, pois a maioria destes meus amores, nunca se concretizam. Motivos: um que não me declaro, outro que o cabra macho nem imagina desse amor, algumas vezes descubro que era só fogo de palha, enfim, dentre outros. No fundo espero não ser adepta por muito tempo. Deve ser chato!



terça-feira, abril 12, 2011

No fundo do meu poço

Foi tão estranho, que até agora não consegui entender o que me aconteceu naquela uma hora.
Estava muito frio. Uma escuridão medonha e um desconforto no corpo.

A dinâmica me parecia favorável para o momento em que vivo. Era preciso que no silêncio do nosso coração, olhássemos para dentro de nós mesmos.

Com os olhos vendados, foi levada para um banco gelado, no qual me sentei.
As mãos de quem me guiou eram quentes e suaves, trazia-me segurança. Sentia o chão pedregoso e com muitas folhas e galhos. O caminho foi rápido.

Sentada, tentei imaginar onde estava mas não conseguia mais.

De tudo o que me lembro é do frio que passei e a escuridão.

Tentei dormir, nada. Tentei pensar, nada. Nada me convinha. Eu estava sozinha, no frio. Não tinha medo, nem lembranças. Era apenas, nada.

Senti um perfume suave, que demorou para cessar. Ouvi passos, mas ainda o frio era muito. A dor nas costas e o fato de não conseguir refletir sobre a minha vida me atordoou.

Acabou! Me levaram de novo. Tirei minhas vendas e vi o sol, as pessoas, a natureza. Era tudo belo novamente. Mas aquele momento foi estranho...

Na partilha, me veio a questão: O que há no fundo do meu poço?

Se for pela experiência que passei: Péssimo. Frio, escuridão e solidão.

Me desesperei... e hoje reflito...

Para mudar!
Flor, Minha Flor

Grupo Galpão





Flor minha flor,
Flor, vem cá!
Flor minha flor
Laia laia laia
Flor minha flor,
Flor, vem cá!
Flor minha flor
Laia laia laia
O anel que tu me deste
Flor vem cá
Era vidro e se quebrou
Flor vem cá
O amor que tu me tinhas
Flor vem cá
Era pouco e se acabou
Laia laia laia
Flor minha flor,
Flor, vem cá!
Flor minha flor
Laia laia laia
[Flor minha flor...]
Quem será aquela moça lá no fundo
Que dá a mão ao cavalheiro agora?
Ó ela ensina as luzes a brilhar
Dir-se-ia que com opende a face da noite
Como brinco da orelha de metíope
Ela é pura demais pra ser conquistada
Mas é bela demais para não ser amada
Volver depois da dança onde ela está
A minha mao se purificará tocando a sua mão
Coração, coração, tu já terás amado alguma vez
Oh não, os meus olhos negam com firmeza
pela primeira vez vejo a beleza!

segunda-feira, abril 11, 2011

Nossos sonhos...

Parece que o tempo pára, que me transporto quilômetros daqui e me sento ao seu lado, para escutar sua voz suave e seu sotaque enrolado.
Tudo isso me agrada, me faz feliz, estar com você, assim pertinho, é estar comigo mesma.
Temos tanto em comum para quem tem culturas tão distintas. Mas temos o que nos une. Nossos sonhos...
Desejamos estar juntos. Queremos conhecer o mundo, o Brasil, a Amazônia...
Quero teu cheiro novamente, sentir a delicadeza de suas mãos encontrando as minhas e lhe ter nos abraços apertados, aconchegantes.
Queremos mais do que temos e somos. 
Queremos nos reencontrar. 
Queremos sonhar juntos e melhor: queremos construir juntos!

Se estiver errada, me corrija!

Um cheiro.

terça-feira, março 29, 2011

Flor


Meu bem meu menino 
Me dê o seu sorriso 
Essa sua risada encantada 
Seus saltos mortais salgados.



ânsia

Suporto por alguns dias me dizerem que sou louca, que as minhas ideias são insanas e coisas assim.
Percebi que verdadeiramente o são. Percebi que quando vejo a vida ficando quieta, me preocupo.
Procuro saber quais motivos me entristecem e entender como posso ficar tão assim, com vontade de sei lá.
Só entendo depois que lembro onde sou feliz e como sou feliz.
Descobri que minhas pernas gostam de se movimentar, ainda que paradas.
Outra, minhas lágrimas gostam de rolar quando há alegria.
Voltei um pouco no tempo e senti aquele aroma.
Que palavras escritas talvez não transmitam. Faladas também não.
Mas esse tempo, foram vários os tempos, que senti a vida mais forte.
Senti o gosto de estar viva e necessidade de continuar a viver. Só soube que o tempo acabaria porque a fraqueza de ser humana chegava aos poucos.
Eu enfraqueço a cada volta, a cada frustração.
Finjo que não ligo, invento desculpas, doenças, dores...
Que justifiquem a minha ânsia de liberdade.
Anseio sempre conhecer, ver e sentir aquilo que não é habitual.
Anseio voar pelo céu azul e trombar com as gaivotas.
Anseio pisar no solo fértil e sem vida.
Aprender a dançar e tocar o que é estranho para mim.
Anseio novas sensações.
Anseio viver na intensidade que o contato com a natureza e a humanidade me possibilita!

sexta-feira, março 25, 2011

Terra Sertaneja

Quando meu coração pensa em endurecer, quando meus olhos estão longe de ver a liberdade, quando minhas mãos parecem que se abrem a comodidade e meus pés se cansam de estar parados eu sei que é preciso lutar!
Lutar contra o comodismo e o tédio.
Nessas horas me apego a poesias como esta de Ademar Bogo:


Somos milhões de companheiros e companheiras buscando a libertação da terra, de homens e mulheres em um país onde a terra vale ouro e os seres humanos, alguns gramas de chumbo moldados em balas que fazem sangrar o destino do nosso povo sofredor!

Na arte de resistir às tentativas da destruição dos nossos sonhos, trincheiras da criatividade, se revela a rebeldia dos poetas e dos cantadores filhos da terra e da esperança no palco imaginário para onde marcham as colunas dos grandes guerreiros e lutadores sem terra.

A terra no seu suspiro nos abençoa e agradece através das nuvens de poeira provocadas pelos rígidos pés descalços que seguem destemidos, construindo esta grande irmandade de companheiros em busca da dignidade perdida. Seguimos cantando.

Na poesia do cantador se misturam o desejo da terra de homens na grande sinfonia da esperança que aponta o horizonte e o longe fica perto quando se caminha adiante.

As cordas movem paixões. 0 sentimento, as pulsações, o sonho de vencer, os corações. Cantar pois é mais que um prazer quando as vozes brotam de forças em movimento que ao som suave de belas melodias elevam foices e facões rompendo cercas, retirando morões para ver nascer o novo dia.

Assim a terra se converte em causa, a liberdade se converte em sonho, o grito forte se converte em guerra e o povo todo segue um só caminho na trilha estreita plantando futuro.

Que a noite escura da dor e da morte passe ligeira, que o som dos nossos hinos anime nossas consciências e que a luta redima nossa pobreza, que o amanhecer nos encontre sorridentes festejando a nossa liberdade.


Aí eu me lembro que da luta não posso me retirar! Que quando tudo está calmo é porque tem algum problema. Não quero guerra não, quero movimento!

odeio você Caetano, odeio você Veloso, odeio você odeio!!!

domingo, fevereiro 27, 2011



Eu quero os pequenos detalhes que me fazem viajar num infinito mundo de riquezas microscópicas
Quero um olhar apurado, que veja além das paredes, além dos próprios olhos os sentimentos camuflados pela representação
Um pouco mais de histórias de desconhecidos, invisíveis excluídos
Eu quero escutar o som do respirar das formigas, quando elas estão paradas sobre meu corpo
Quero poder sentir o tocar do som, que vibra quando me entrego a dança, a dança que me balança
Ah! Quero sentir o gosto doce, ardido, amargo e insosso da água limpa que saí da nascente do rio
Quero um pouco de você, um pedaço da sua argila para completar a minha
Tocar o rosto daquela mulher suja e suada, quente do sol que torra
Dar a mão para a criança que sorri sem medo de enfrentar o medo de morrer de fome
Admirar aquelas imagens em movimento na tela que me traz sensações
Suas tantas cores que alegram meu olhar em meio a tanta destruição
Meus pés só querem o ladrilho gelado da cozinha que guarda os bons sabores da minha vida
Quero lembrar a cor dos seus olhos quando eles se abrem enquanto nos beijamos
Vou sentir tudo isso até que tudo vire pó.
Meu sentir olha, toca, escuta, degusta e te beija
Até que seja pó!

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Todos os dias...

Todos os dias espero encontrar um olhar que diga ser especial. Todos os dias me apaixono por olhares dispersos, todos os dias me frustro com olhares errados.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Do tédio ao diferente...

Desconfio que um dia essa solidão cesse. Não quero dizer que seja uma solidão de estar totalmente sozinha em um lugar, sem nenhum outro ser vivo por perto. Mas me refiro a uma solidão que vem quando a saudade aperta. Aquela saudade que começamos a sentir logo que um momento muito bom acaba. Ou quando uma pessoa muito especial não está mais ao nosso lado. Dessa solidão que me refiro. De uma dor que sentimos, bem no fundo do coração quando percebemos que já passou e agora é voltar a normalidade do dia a dia.

Uma vez me disseram que a saudade é boa, que alimenta a nossa esperança e nos dá força para agirmos. Concordo que seja assim. Mas sentir essa dor parece que não é muito racional. E ai o que fazemos? Sabidos da facilidade de uma loucura se aproximar, muitos (como eu) se enveredam em atividades que nos tomam todo o tempo. Ai certamente não sentimos a dor, porque nosso corpo não pára e nossa mente não pensa. Mas e quando por algum motivo ou outro temos que ficar a sós no silencio do nosso quarto? Uma resposta eu não tenho, afinal é o que eu venho procurando há muito tempo. Inclusive me questionei como diminuir essa dor?

Simplesmente olhei para o dia e pensei o quão culpados somos da nossa própria solidão. Temos um mundo. Um dia, uma noite. Temos a natureza o sol. Temos nossa família, amigos. Temos a nós mesmo. Temos nossas formas de abstração. Temos um mundo de possibilidades. E às vezes esquecemos disso. Nos fechamos a sentimentos passados, a prazeres que já se foram e não percebemos que nós construímos o nosso próprio modo de ser e viver. Caímos na mesmice, no cotidiano. Olhamos as coisas sempre com o mesmo olhar. Fazemos sempre os mesmos caminhos. Temos sempre os mesmos costumes. É claro que cairemos no tédio qualquer dia desses...