sexta-feira, dezembro 31, 2010

Naquela tarde de sol e céu azul, senti tocar no meu rosto um pouco do sabor que a vida me possibilita. Naquela tarde de ultimo dia do ano, só penso no que passou. Não consigo imaginar o que vem. Aos poucos como uma teia vou planejando os dias desse próximo caminho.
Não tem nada mais além de viver. E para mim viver é sentir o mundo, e tudo o que ele nos oferece. Isso inclui as dores e as tristezas. Só consigo me imaginar no próximo ano vivendo. Intensidade. Loucura. Prazer. Tudo tem que ter!

segunda-feira, dezembro 27, 2010

Querido...

Boa Noite amor, te escrevo hoje, não apenas para te desejar um bom final de ano, mas para compartilhar um sentimento muito completo em minha vida. Já está cansado de me ouvir falar em amor, porque só sei falar disso pra você, só falo com amor de você... mas hoje será diferente. Porque sinto um amor completo. Não que te amar, como eu amo não me faça feliz, e como faz. A questão aqui levantada será todos os amores que eu sinto. Tá complicado né? Vou explicar!

Durante esse ano (2010) eu tive muitas experiências que partilhei com você em cartas passadas. Experiências boas, ruins, alegres, reflexivas... enfim, foram muitas. Cada uma foi construíndo o que hoje eu sou. Lembro-me das viagens loucas. Você sabe como eu gosto disso.

Fui para o Rio de Janeino, revi amigos, amores. Conheci Porto Alegre, que no verão é um calor insuportável, pratiquei meu espanhol e fiz muitos contatos. Fui novamente para Ipanema - PR e fiz a minha melhor oração, de mãos dadas com o mar. Amor, foi incrível.

Em Ponta Grossa aprendi que ter liberdade para amar é muito bom. Em Curitiba quebrei tabus, meus principalmente. Aprendi a andar em São Paulo sozinha e compreendi as linhas e cores no metrô, lá também me senti em casa com alguns pjoteiros. De novo em Sampa, descobri que odeio a muvuca da 25. 

Ah, fui parar no fim do mundo no Paraná em Adrianópolis, num quilombo, nunca vi lugar tão lindo amor, senti a natureza viva e a força da luta do povo negro. E Caxias que queimei a lingua com chimarrão mas re-conheci duas gêmeas fantásticas, que me ensinaram muito. Na Aparecida no Norte, foi triste, me espantei com tanto capitalismo e consumismo. Curitiba... ah aquele clima me chama, lá novamente ganhei mais força e vi um recomeço. Em Ourinhos só posso dizer que amo as negas que me fizeram rir o fim de semana inteiro e todos que me ajudaram a pagar a passagem de ida e volta. Sabe que estava desanimada com a Jornada também em Ourinhos, porém foi lá que juntei mais folego e animo para o proximo ano.

Voltei em Curitiba e me encantei com a luta dos estudantes que realmente acreditam que é preciso mudar. Desisti de muitas viagens, por vários motivos, mas o dinheiro foi o maior culpado. Este ano não teve Salvador, nem Manaus, deixei Guarapuava e Parati, mas tudo no seu tempo né querido?

Ah, já ia me esquecendo tem a viagem de Natal e Ano Novo para Penápolis e Araçatuba, que ainda não terminou, mas eu tenho entendido cada vez mais o valor da família e que o inesperado sempre acontece!

E dos amores passageiros? Prefiro nem somá-los aqui para não te espantar. Como me apaixonei esse ano, quantos olhares me conquistaram, quantas palavras me encantaram, quantos gestos não me fizeram sonhar com casamento? Amei sobretudo platonicamente. Meu espelho talvez ficou sabendo de alguns, mas nem compensava contar para a melhor amiga. Muitas vezes esses amores duravam um dia, algumas horas... Ah mas amei. Me decepcionei. Me enganei. Me diverti também.

E querido, vamos falar com franqueza, quantos também não me amaram? Mesmo que por algumas horas, mesmo que eu nem tenha imaginado. Não discarto a idéia de que também fui amada, ainda que passageiramente.

Amor, sem sombra de dúvidas esse ano foi de muito crescimento no trabalho com a juventude, cada vez mais vejo que é isso que eu quero pra minha vida. Ser jovem para o resto da vida? SIM, mas sobretudo trabalhar pela juventude. Caramba, esse ano realizamos maravilhas com a Pastoral da Juventude em Londrina. Temos uma força que nem podemos imaginar. Ganhamos espaço, confiança... Muitos me dizem que eu preciso focar mais em minha faculdade e me afastar um pouco da PJ, mas como? Isso é praticamente o que eu faço de melhor! Não dá! 

Mas assim, acho que o que fechou mesmo com chave de ouro meu ano foi a Jornada da Juventude. Estava bem querendo desistir, mas fui. E amor, vi muita coisa boa. Um sentimento de que a luta não pode parar, de que juntos podemos mais... ver aquela juventude gritando por paz, dançando, rindo, não tem explicação. Lá não tinhamos classe, religião... éramos apenas JUVENTUDE.

Como é difícil pra mim colocar em palavras os meus sentimentos, você não tem idéia. Mas continuemos...

Outra coisa que vai ficar marcado, certeza! Minha entrada no movimento estudantil. Foi bem atordoada e até hoje não me adaptei ainda. Porque realmente é muita coisa pra mim. Porém, a luta dentro de uma universidade é tão necessária quanto fora dela. Brigar por um DCE (Diretório Central dos Estudantes), por direitos, é um ato não só de sair do comodismo como de realmente assumir nosso papel de protagonistas, de cidadãos. Passei a amar ainda mais a minha faculdade e a valoriza-la. E o Plebiscito Popular da Terra? Que sufoco! Primeiramente para entender, segundo para passar a idéia a diante. Mas conseguimos: Discutimos, apresentamos, votamos... 

Campanha eleitoral nem se fale. Entrei morrendo de medo, de me arrepender depois. Mas depois que conheci meus candidatos (Lygia e Paixão) não teve como não apoiá-los. Não! Não ganhamos, mas eu aprendi muito de política, de defender um projeto político, de militância.

Sabe amor, esse ano eu entrei em muitas crises quanto amizades. Foi difícil entender algumas idas, algumas voltas. Principalmente para perdoar algumas falhas. Como doeu esse ano a rejeição. Mas em compensação conheci uns amigos, que me fizeram ver um outro jeito de viver a vida. Desses eu não vou esquecer. Sem contar aqueles que não saíram do meu lado, que resistiram as dificuldades e se permitiram viver o amor de amigo.

Ah e pra terminar querido o grande amor que eu descobri esse ano. Descobri é modo de dizer, na verdade que eu aceitei. Eu mesma. É isso mesmo. Se amar é fantástico. Não é loucura não. Mas percebi que eu sempre serei a minha melhor companhia. Que muitos amigos virão, muitas águas rolarão, mas no fim só me sobra eu. E eu preciso me encontrar comigo mesma para revitalizar minha mente. 

Quando me encontro comigo, no profundo dos sentimentos me sinto valorizada, me sinto bela, me amo de verdade. Me entendo principalmente. E isso não tem coisa melhor. É uma amizade as vezes muito abstrata, que a gente só vai entender quando realmente sentir necessidade de ficar só, só consigo mesmo.

Muitos problemas a gente só vai resolver consigo mesma. Com uma boa conversa interior e uma preocupação com seu corpo e sua mente. Precisamos amor, abrir os olhos para nós mesmos e aprender a nos amar, só assim vamos amar o outro. Vai por mim...

Mas é isso, não vou me prolongar mais. Espero que você tenha entendido pelo menos 1% do meu ano, que agora se encerra. Desse amor completo. Não posso dizer que ele foi o melhor, mas que foi grande. Hoje não sou a mesma de 365 dias atrás com certeza! Parte de mim se foi, ficou pelo caminho e parte de mim fui costurando durante o ano, colhendo das flores, das cores, dos amores tudo que hoje tem em mim.

Um ótimo final de ano. Obrigado pelo seu amor e amizade. Te amo sempre.

Francielly

quarta-feira, dezembro 22, 2010

@ de Penápolis - SP

Estou no meu segundo dia de abstração. Isso porque viajei para Penápolis, interior de São Paulo, uma cidade pouco conhecida, a não ser pelo fato da Sabrina Sato do pânico ser daqui. O que definitivamente não muda em nada. A cidade continua não tendo nada de interessante. Além da parte em que tenho família aqui. E que passei quase todas as férias de dezembro/janeiro da minha infância neste local. Logo, imaginemos, que essa cidade represente algo para mim.


No primeiro momento, ao sair do ônibus, já senti aquele cheiro. Cheiro de infância. Me vem a mente as estripulias que já organizei com meus primos (Thais, Thadeu e Thiago) quando ainda não sabíamos o que era preocupação.

A cidade continua a mesma. Cento e poucos anos de história, e ainda é um povo fechado, com ruas de paralelepípedos, estradas de terra e charretes. Essa é Penápolis. O que me salva é que tenho uma prima rica. É rica mesmo. Sua casa, ah que mansão.


Para começar ela é verde, minha cor predileta. Tem 6 banheiros e uma piscina deliciosa. A qual ontem já experimentei! Tem sky, internet wifi e ar condicionado em todos os comodos! Uma belezura! Tem como não abstrair?


Meus primos cresceram. Já não vem mais aqui. E tem novos primos, mais novos ainda. Que bagunçam o dia inteiro em meio a tantos brinquedos. Uma pena. Quando eu também era "prima nova" não tinhamos tantos brinquedos bonitos, mas tínhamos árvores, casa na árvore, tambores, argila e uma porção de coisas que me fazia pirar quando vinha pra cá. Eles são limpos. Nós parecíamos porquinhos.

Isso tudo me faz esquecer um pouco a agitação que é minha vida em Londrina. Agora começo a entender o sentido de férias. Olhar de fora a vida é legal. Podemos traçar melhor um caminho para o próximo ano.

Estamos chegando em 2011, faço 21 anos e preciso começar a pensar o que será de mim. Tenho um ano para decidir. Há tantas oportunidades. Dá vontade de fazer tudo. Mas meu "corpinho" não aguentaria.

Colocaria uma foto aqui, se minha cota de imagens no Google não tivesse excedido. Coisa mais chata viu.

segunda-feira, dezembro 06, 2010


Danço pelas linhas da vida, tortas, coloridas. Em cima outrora em baixo. Não sei do fim. Não encontro o fim, não o procuro. As vezes caminho reto achando estar certo. Mas as curvas me apetecem. A duvida do que vem a frente. É bom sentir medo, de errar. O branco cansa, gosto de chamar atenção. Vermelho de amor. Verde de tranqüilidade. Amarelo de alegria. Caminho sem saber onde vai dar. Mas procuro o caminho das cores sempre, porque me trás companhia.

sexta-feira, novembro 19, 2010

E agora, José?

Fica comigo Drummond

Querido Drummond,

Fico feliz de ter te encontrado, ainda que após a sua morte. Sinto sua presença a cada poesia, cronica que leio. Deixaste um legado. O olhar suave, a visão crítica, o tom sarcástico, a liberdade métrica dos versos e até mesmo as rimas se encontram e desencontram em sua escrita. Como não me apaixonar pelos seus versos? Pelos seus medos? Por seus anseios...

Estás tão aqui, ao meu lado, apreciando sua boa escrita. Trocamos olhares através das palavras. Olhares de amor, de sofreguidão. De quem esteve no mundo, amou o mundo e buscou entende-lo. De quem via através do próprio homem sua esencia escondida, camuflada pelos vicios mundanos.

Há Drummond, se me desses um tempo. Se me visses como mulher. Se estivesse vivo. Pediria sua mão em casamento. Só para ficar te lendo para o resto da vida.

José
1960 - ANTOLOGIA POÉTICA

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...

Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?



Amo José!

sexta-feira, novembro 12, 2010

Olhar seu, olhar no meu...

Se me olhas assim
não contento em fingir distração
me entrelaço nos laços,
traços...
viajo pelo caminho que me leva até seus olhos

flores,
cores...

te encontro ancioso
esperando um pouco de mim.

Detalhes me enganam,
levam-me pra você
sem perceber...
como uma hipnose
já me perdi no teu olhar
e só em você consigo me encontrar!

quinta-feira, outubro 28, 2010

Coisas vãs

A verdade é que não temos mais tempo para as coisas vãs da vida.
Estamos sempre ocupados, atarefados
Preocupados em resolver problemas
Nosso tempo é valioso!

Uma coisa me espanta, é chegar em casa e só pensar em dormir, ou ficar na internet até altas horas da noite.
É comum, não tenho tempo, nem disposição para uma conversa descontraida com a minha família.
Olhos nos olhos...

É real que caímos numa rotina estressante, que não pára, que não podemos parar!
Estamos presos. Eu já tentei fugir, enganar, burlar...
Mas foi em vão. Talvez não tenha sido mais resistente. Uma parte da culpa é minha.

Porém olho a minha volta e vejo que já é tão complicado um dia com seus amigos.
Uma conversa sincera, sem previsão de acabar.
Um beijo demorado sem pressa de voltar para casa.

Estamos (estou) perdidos num tempo que não pára para nos alimentarmos
Em um tempo que comemos na frente do computador, namoramos e amamos pelo computador.
Um tempo que parece não ter tempo.

Crises. São ótimas. Levam a reflexão, a mudanças... 
Viver em crise é trágico.
Sentir as costas doer o dia todo é trágico.
Olhar pela janela do ônibus a noite e ver nas casas escuras e só uma luz pequena do computador e da TV.

Não! Os problemas não são os aparelhos. Não é a tecnologia.
São as nossas atitudes. É a vida que vai mudando, mudando.
É o ser humano que inventa novas formas de vida...
E aos poucos vão perdendo o que é instinto, o que é natural.

terça-feira, outubro 26, 2010

Musicalidade londrinense

Pois é, ontem um amigo meu (Otto Stadler) veio me dizer que cantava. Sério, conheço ele a anos, fazia tempos que no nos víamos... Ele me disse que faz 7 meses! Achei muito legal! Nem imaginava, fiquei surpresa.
Ele me passou esse video, da apresentação do grupo em Faxinal - PR no Festival de Corais.
O Nome do grupo é Sollu`s Vocal Masculino.
Esse ano eles comemoram 5 anos, e vão fazer uma série de apresentações no mês de novembro em celebração. Divulgarei aqui...
Mas vale a pena conferir o video e conhecer!




Criatividade
Entrosamento
Simplicidade
Carisma
Sintonia...


Conclusão: Muito bom mesmo!


PS: O Otto é o do meio sentado

sábado, outubro 23, 2010

Som Legal!



Recebi esse som no Facebook e sabe como é... coisa boa precisa ser compartilhada mesmo!


Calçadão de Londrina

Tum Tum Tum Tum
Olê Olê Olê Olá
Uhhhh
Êhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Turururuhhh, Turururuhhh
Páh Páh Páh Páh Páh Páh Páh Páh Páh
Vrummmmmm
Biiiiiiihhhh


(Ao mesmo tempo)

quinta-feira, outubro 21, 2010

Café e mais café...

Arte!
É café é arte
de prepará-lo
de degustá-lo 
e saboreá-lo


Coisas que só se aprende fazendo oficina de cinema....


Tomar café é sentir a fragrância, o aroma e o sabor!


Café, café, café....!!!!


Parece subjetivo. Mas acreditem, essa semana fazendo oficina de cinema, aprendi muito sobre café, tipos de café, preparação de café... graças a um senhor chamado Francisco, oficineiro também, que é o café em pessoa. Não gente, ele não é negro e isso não é uma piadinha... rsrs.
Digo que ele é o café em pessoa, porque basicamente 98% do que ele fala é sobre café... os outros 2% ele fala de como fazer um documentário sobre café!


Imagino, que esta noite vou sonhar com um cafezal.... rsrs
Seo Francisco, muito sábio... entende e defende bem o que fala!
No próximo post prometo falar de cinema! 

Te encontro no outono


Alucinados, perdidos
Te encontro em meio as flores
Me tratas como unica
bela

Sou tua, se me encantas
Te entendo, se me libertas
Exalo simpatia, se me vês
me toca

Me escondo
com você
para juntos
viver entre as belas flores de outubro.

simples assim

Insisto em dizer!


que não existe melhor companhia
que a nossa própria companhia


O dia que amanheço
amando mais
entendendo mais


a mim
parece mais simples de viver...

sábado, setembro 18, 2010

Importante

Um dia a gente pára para pensar e observar o todo
e percebemos quão egoistas e tendênciosos nós somos...
Egoístas não por pensar em nós mesmos, isso não é egoísmo é amor próprio
me refiro ao fato de que damos prefências a pessoas e/ou coisas.
Parece que não, mas tem momentos em nossa vida que achamos que tudo se resume em uma pessoa
Todo nosso tempo, nossos planos são voltados para mesma
Da mesma forma com um projeto
quando esquecemos que há vida fora dele.
Dar prioridade a alguma coisa/pessoa é super importante
Porém, mais importante que isso é saber se essa coisa ou pessoa é importante para você
A gente nao sabe, fica cego e não ve que perdemos o compasso
deixamos o impulso, a paixão falar mais alto.
Quando nos damos conta, estamos tão envolvidos que não sabemos como sair disso.
A verdade é que ai, já é tarde.
E sentimos aquela dor de também não ser tratado como prioridade
Somos opção!
E qual o problema nisso?
O problema está em nós que esperamos demais!
Esperamos ser especiais, diferentes...
.
.
.
E se...
Olhassemos mais para nós?
Nos valorizassemos mais...
Poderiamos compreender que não somos a nossa opção
Somos sempre a nossa propria prioridade.
Antes de mais nada!
Entenderiamos que o que me importa é eu mesmo!

Entretantas na UEL

sexta-feira, setembro 17, 2010

Antes

O que está acontecendo?

As mãos que acenam pra você já não são as mesmas daquelas que apertavam as mãos dos amados.

Meus olhos? Eles não contemplam mais, não reparam, apenas vêem pesados, fatigados, cinzentos a vida passar correndo por eles.

Aquelas pernas que antes corriam atrás de uma bola de futebol com seus amigos, hoje faz os corres para mudar, mudar, mudar...

Meu sorriso, que sinceramente se mostrava para o belo dia, agora se esconde, - atrás de dentes brancos - falso e amarelado.

Meu corpo. Ah, meu corpo, que dançava a dança da inocência, hoje dança pelo prazer de ser visto e elogiado.

Não sei exatamente o que acontece, mas aquela, aquela lá. Se foi ou se escondeu.

Agora sobra o medo de abrir. O medo de avançar. Medo de soltar as amarras e viver pelo que realmente acredita.

Medo de si mesma.

Medo!

quarta-feira, setembro 15, 2010

Fugindo do encontro

Hoje não quis me encontrar com a Julieta, nem com a Marieta e tampouco com a Fran, na verdade faz um tempo que não as vejo. Cai numa rotina alucinante de resolver coisas emergentes (que eu permiti virarem emergentes) e esqueci de marcar uma conversa com as três.

Parece engraçado, mas não sei se quero encontrá-las agora. Acho que se isso acontecer me sentirei envergonhada, porque elas sabem de mim, muito mais que eu mesma.  E principalmente sabem o que é importante pra mim. Não! Elas não serão moralistas e dizer que estou errada, num caminho incerto. Mas falarão o que não tenho feito e que realmente são essenciais para mim.

A verdade, é que eu me perco muito fácil, me encanto e depois que me frustro com as coisas da vida, vou atrás delas. Eu sei disso, mas entendam (vocês) que sou fraca e ás vezes (quase sempre) não confio no meu taco.

segunda-feira, julho 19, 2010

Ah... as flores!

Embolada

Composição: Edu Lobo e Chico Buarque - 2001
Para o musical Cambaio, de Adriana e João Falcão

(...)
Rato
Rato que rói a roupa
Que rói a rapa do rei do morro
Que rói a roda do carro
Que rói o carro, que rói o ferro
Que rói o barro, rói o morro
Rato que rói o rato
Ra-rato, ra-rato
Roto que ri do roto
Que rói o farrapo
Do esfarra-rapado
Que mete a ripa, arranca rabo
Rato ruim
Rato que rói a rosa
Rói o riso da moça
E ruma rua arriba
Em sua rota de rato

Uffa... um trava lingua dificil... mas é Chico né?

sexta-feira, julho 16, 2010

Ela era ela, Marieta

Lá vem Marieta de cabeça baixa, com olhos cheios de lágrimas, já posso imaginar que algo aconteceu.
Da última, me disse que não sabia explicar o que tava acontecendo. Marieta anda bastante confusa. Ora penso que está feliz, ora que se sente só... 
O que eu sei é que Marieta não está bem. Já faz um tmpo.
Chamei-a para conversar. O dia estava realmente belo. Uma manhã de sol e céu azul. Uma brisa simpática e um cheiro de inverno.
Um dia perfeito para que ela se sinta bem.
Marieta é uma jovem mulher, tem uma beleza diferente e encantadora. Sempre sorrindo, de bem com todos. Tem um carinho incomum com os cachorros (de rua). Apaixonada pela lua, e pela natureza. Gosta de se comunicar, de conhecer, de aventuras.
Mas ultimamente Marieta não sabe bem o que lhe agrada e faz feliz.
Sentada ao meu lado, ela queria carinho. Encostou a cabeça no meu ombro, peguei na sua mão e senti que estava fria. Estavamos em frente a um lago. Um parque cheio de árvores e flores, do jeito que ela gosta.
Ficamos assim por alguns minutos,  até que ela olhou para mim e disse: "Fica comigo".
Naquele instante percebi que Marieta precisava de mim. Ela sempre foi muito independente, se virava sozinha e tinha vergonha de expôr seus limites e dificuldades.
Mas seus olhos estavam tristes e solitários. Sem que ela me dissesse uma palavra se quer entendi que queria companhia.
Balançei a cabeça e a abraçei. Ficamos abraçados por alguns segundos até que ela, com lágrimas nos olhos, voltou a me fitar e falou: "Obrigada".
Me senti importante pra ela naquele momento, podia ser qualquer outra pessoa, mas era a mim que ela queria. Eu realmente gostava daquela menina-mulher, mas ela tão forte, tão livre parecia muito distante para mim. Porém, não importava se eu pudesse beija-la ou abraça-la, para mim, a companhia dela já me satisfazia.
Queria gritar, sair correndo e dizer pra todo mundo que ela, Marieta, queria ficar comigo. Mas me contentei e a abraçei com mais força. Senti que ela retribuiu, meu coração começou a bater mais forte, tinha medo que ela percebesse e se afastasse, mas não conseguia conter a emoção.
De repente, ela me soltou e levantou. Pensei comigo: percebeu tudo, e vai embora!
Mas acreditem, ela me puxou, pegou pelas mãos e me disse: "Vamos andar, o dia está maravilhoso, quero partilhar ele com você".
Nunca, alguém quis partilhar o dia comigo, achei uma ótima idéia. Começamos a caminhar e ela estava diferente. Mais corada, mais viva, seus olhos agora brilhavam, esta linda. O sol que batia em seu rosto, deixava seu sorriso ainda mais branco.
Ai, que felicidade estava sentido. Queria este momento para sempre.
Marieta começou a falar da vida. De viagens, de lugares belos e distantes...
Me fez viajar ao seu lado. Sua voz era uma canção, sua mão suave tocava meu rosto e eu sorria, só sabia fazer isso. Ela me deixava sem ação.
Após uns 20 minutos de caminhada, sentamos novamente, agora virados para o calçadão, olhando as pessoas passar. Ela entendia de diversidade, de diferente e me disse que tinha uma vontade maluca de sair e conhecer o mundo.
Ela era maluca, ela era a pessoa que mais me fazia bem.
Seu jeito me encantava. Marieta, não tinha mais a tristeza nos olhos, ou pelo menos, não conseguia ver.
Já chegava a hora do almoço, ela teve que partir. Senti que estava melhor, e que iria conseguir enfrentar a vida e a tristeza com força. Marieta queria ficar, eu percebi. Mas não podia.
Me abraçou e olhou fundo nos meus olhos. Sem dizer uma palavra entendi.
Aquilo foi um sonho. Bom. Que poderá se repetir.
Ela sabia agora que eu lhe fazia feliz. Mesmo que não falasse nada de gênial. Acho que minha companhia era importante.
Mal sabia ela o quão feliz ela me fez aquele dia!
Queria dizer muitas coisas, mas preferi nao estragar a mágica daquela manhã. E deixei-a partir. Pelo mesmo caminho que ela chegou, porém com mais ânimo.
E sempre é assim, que ela vem e vai.
Nunca sei o dia que ela virá...
E eu fiquei sentado em frente ao lago, tentando entender tudo o que aconteceu.
Sentindo ainda a suavidade da sua mão.
Ela é diferente.

 "Ela era ela era ela no centro da tela daquela manhã
Tudo o que não era ela se desvaneceu
Cristo, montangas, florestas, acácias, ipês"Chico

segunda-feira, junho 28, 2010

À Noite Sonhei Contigo

Paula Toller

À noite sonhei contigo,
E não tava dormindo!
Justo ao contrário,
Estava bem desperto...

Sonhei que não fazia
O menor esforço,
Para que te entregasses.
Em ti, já estava imerso...

Que lindo que é sonhar
Sonhar não custa nada
Sonhar e nada mais
De olhos bem abertos
Que lindo que é sonhar
E não te custa nada mais que tempo...

Sofrer com tanta angústia
Por coisas tão pequenas
Gastar essa energia
Assim não vale à pena

Quem dera me livrar
Pra sempre de mim mesmo!
E só me reencontrar
Lá no teu doce abismo...



Voltado da aula hoje, ouvi essa música na Radio UEL. Perfeita!
Para mim tem sinônimo de liberdade, de vida, esperança...
Apenas sonhar...
As vezes não nos permitimos sonhar. Vivemos simplesmente levando... empurrando com a barriga a nossa vida e nossos compromissos.
Sonhar e perceber o mundo de outra forma
É se olhar com olhar de amor
Sonhar é compreender que podemos mudar...
Sonhar!

domingo, junho 13, 2010

Recordações...

Deveria estar me arrumando para dormir, mas precisava escrever pra clarear as idéias.

O que me intriga hoje, é um ínicio de nostalgia que estou sentindo chegar no meu “corpinho”. Semana começando, muitas atividades e uma estranha saudade do passado.
“Só se tem saudade do que é bom”, já dizia alguém desconhecido por mim...

É, realmente as lembranças que rodeiam meus pensamentos essa noite, são de muita alegria. São de momentos fortes, que me marcaram!
Sabe quando você pára, fixa os olhos num lugar e de repente é como se nos teletransportamos para uma outra atmosfera?
E viajamos em nossos pensamentos, nossas recordações e num instante de segundos, conseguimos visualizar cada detalhe daquele momento, chegamos a sentir o cheiro, o gosto e até o toque...
É fantástico, sorrimos por dentro. Um frio na barriga e uma dor que parece não ter fim... Pronto! Bateu aquela saudade. Mas o que dói na real é saber que isso não volta mais. Mas ao mesmo tempo um orgulho de ter vivido.
Essa felicidade incendeia o coração.
Ah! Meu Deus! Como é bom poder se lembrar!
Como é ruim sentir saudade!

Ok! Resolvi olhar fotos velhas, não tão, mas passadas...
Aí, a coisa piora, rola até uma lágrima tímida pelo rosto áspero do frio.
Desespero! Uma vontade maluca de querer falar, gritar, chorar alto, rir e partilhar com alguém!

Hoje, tudo é diferente. Amanhã também, e daqui uns dias, vou me recordar de hoje e chorar as mágoas por sentir saudades. Parece-me que essa é a vida!

Viver... Viver... Lembrar de que viveu... E continuar a viver!

Essa semana será nostálgica...

Foto: Um momento mágico na minha vida! Aconteceu no começo deste ano (2010) em Ipanema-PR, na Semana de Convivência da Juventude Josefina Marelliana (JJM). Eu e algumas pessoas havíamos preparado a oração da manhã, que seria na praia, vendo o sol nascer. Estava preparado o Oficio Divino da Juventude (ODJ). Na hora do Pai-Nosso, em uma roda na beira da praia, o sol estava surgindo faceiro. Me virei e olhei para trás, num instante maluco, tive a idéia: Rezamos o Pai-Nosso, de mãos dadas com o mar. Sentido aquele sol tocar no rosto, aquela brisa da manhã e aquela areia gelada refrescar nossos pés. Foi maravilhoso! Uma felicidade invadiu meu coração. Lá estava minha alegria. Amigos, Natureza e Deus, juntos. Me recordei disso hoje. Pude ouvir as nossas vozes se unindo com o som do mar. Inexplicável!

sábado, junho 12, 2010

O que me parece?


Em quem eu quero me transformar?
Nestes seres hipócritas, que outrora caminhavam pelas ruas agitadas de Londrina?
Seres que vivem fazendo apenas o que é devido.
Seres programados pela correria, criada por eles mesmos para suprir a solidão que encontram no ócio, para suprir a solidão da baixa auto-estima que ficam ao lembrar que vivem para morrer.
Vivendo por viver, dependendo dos fatos.
Agem por instinto apenas.
Negam os sinais emitidos pelo corpo, pela natureza.
Tratam como normal a mente enlouquecer e viver do desequilíbrio.
Seres que não se valorizam, que não valorizam o que possuem.
Não se sentam mais pra comer.
Acham belo fazer tudo junto e mal feito.
Perderam-se os rituais.
Agora, eu entendo ficamos assim!
Não paramos e achamos normal viver de falhas alegrias.
Achamos normal sofrer para viver.
Sofrer para valorizar.
Culpam-se por aproveitar o ócio.
Parar para pensar é proibido no mundo de hoje.
Sinto-me ridícula porque eu vivo assim.
Eu sou assim!
Seres que não sorriem para a vida.
Ir contra tudo isso?
Parece-me loucura!

sexta-feira, junho 11, 2010

Fotos e uma boa música

Parei para observar novamente. Aquele dia escolhi a roupa certa. Dificilmente isso acontece. Muita gente estava lá, aglomerada esperando uma iniciativa.
Fotos, fleches, sorrisos amarelados e abraços frios, numa noite fria. Lá reinou de fato a falsidade e o puxa-saquismo exagerado.

Naqueles profissionais do jornalismo a mesma pauta, o mesmo enfoque, as mesmas perguntas e enquadramentos. Desperta em mim a necessidade. Vendidos os profissionais? Não acredito. Apenas cumprem seu (árduo) trabalho de fingir que gostam daquele ambiente e se interessam por aquele assunto.

Mais fotos, e a prioridade são os fotógrafos. Eles ficam na frente, não prestam à atenção no que é dito, não pedem licença, nem desculpa. Atrapalham a visão de quem quer ver. Sem noção. De 50 fotos, 1 será escolhida.

Diante daquela mesa farta de torrada e patê colorido, as pessoas falavam alto, conversavam e fingiam classe. A maioria (assim como eu) foi lá só para fazer média e contatos. Quando se entra na faculdade percebemos que isso é de extrema importância.

Mas o pior estava ainda por vir. Enxurrada de palavras prolixas inundou o Ouro Verde. A “coisa” era tão bem dita que se tornava real. E lá vai, um professor (que não poderia faltar) representando a classe nobre e que não recebe o valor devido. Falou poucas palavras. Pouco do que me lembro é um ditado “Falo alto para ser ouvido e pouco para ser aplaudido”. O cidadão teve suas palmas, mesmo que o microfone estava bem baixo.

Lá vem o ex-governador, esse nem prefiro falar, tive um lapso de memória (ou realmente não escutei) e não me lembro o que ele discursou. Trágico. Preciso preservar espaço no meu HD (cérebro).

Por fim a mais esperada, a escritora que mantinha aquele sorriso intacto desde o inicio do lançamento. Não é fácil manter-se simpática o tempo todo (experiência própria).

Suas palavras encantaram, emocionaram. Realmente via-se um amor “incondicional” (?) pelo programa. Desavisados ou novatos, entenderiam que é necessário o registro dos feitos, e este livro era isso: mostrar para estado e Brasil a importância de se investir na educação e na comunidade. Criando uma interação entre as mesmas,

Conhecidos e velhos de carreira compreenderiam a importância de se investir na visibilidade. Este ano, é um ano de muitas “mudanças” (ou não). E sabemos, todos, que a luta é grande. Por isso... Sem mais palavras.

A noite terminou com aplausos e uma fila chata para autógrafos no livro. Uma foto, um beijo, um abraço...

Custava 15 reais. 15 reais para 10 ou 15 minutos de leitura. As cores alegres. As fotos bem selecionadas, muitos rostos de gente que foi beneficiada com o programa. Fotos! A diagramação, muito legal para aqueles livros de mensagens com fotos de animais...

Eu não comprei, mas tive meu abraço, meu beijo e minha foto!

PS: A música realmente era de qualidade!

sexta-feira, maio 14, 2010

Uma nova luta

A vida da gente é muito louca... ou na verdade, a gente que é muito louco na nossa vida.
Enfim, as vezes eu paro e fico olhando o tempo passar, nem que seja por alguns segundos. Gosto de ver as pessoas falarem, de ver os movimentos, os sons, as cores... só observar. E quando faço isso, sempre me vem a cabeça uma questão: O que eu to fazendo aqui?

Parece bobagem, mas é fantástico o modo como a gente (ou eu) vive coisas tão diferentes, conversa com tantas pessoas, passa por tantos lugares, nunca imaginados um dia conhecer.

Nunca pensei um dia trabalhar no Movimento Estudantil e de repente, aqui estou, toda envolvida, brigando pela causa, preocupada com a construção, lutando por melhorias na educaçao, fazendo campanha para DCE, passando em salas de aula, madrugando na Universidade...

É tudo muito novo, ainda me estranho com algumas coisas, mas aos poucos vou entendendo a assência e a importancia da mobilização estudantil. Hoje tenho um outro olhar para o estudante, não o vejo apenas como um jovem sem voz, preso a sala de aula, preocupado com provas, trabalhos, professores... mas vejo o estudante como agente de mudança, de oportunidades. Vejo jovens que querem se movimentar, ser cidadãos, jovens que acreditam num futuro melhor, que querem ir as ruas, gritar por dignidade, melhores condições estudantis, por justiça!!!

E tem acontecido algo no Paraná, que a priori parece só um bando de estudantes que não tem o que fazer e pra não ir a aula participam dessas manifestações... Mas a coisa vai muito além disso...


"Estudantes na rua, deputado a culpa é sua!"

Esse era o grito que os estudantes entoavam ao entrar na Assembléia Legislativa em Curitiba. Não estive lá na manifestação, mas conheci os líderes desse movimento, que tem criado tanta mobilização no Estado. É incrível ver a força e a coragem que esses estudantes tem em  lutar contra a corrupçao, a injustiça, sair as ruas, quebrar portões, sensibilizar a sociedade e principalmente mostrar a indignação perante o que tem acontecido em nossa Assembléia!

É por isso, apenas por isso, que eu acredito no Movimento Estudantil, e quero fazer parte desta reconstrução no Paraná. Precisamos entender, como disse Rosa Luxemburgo, "Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem."

Uma sugestão para aqueles que ainda não entenderam e querem sentir essa essência do Movimento Estudantil, estejam abertos para se perguntar: O que estou fazendo aqui?


Blog da União Paranaense dos Estudantes

segunda-feira, maio 10, 2010

Hoje eu vi...

A claridade batendo em minha janela ao acordar
Vi o chocolate derreter no leite
Os carros com pressa, passavem sem ver o sol
Vi a senhora no ponto de ônibus se encolhendo de frio
Todos no ônibus muito quietos, com sono, indo trabalhar
O lago Igapó ainda conservando o frescor da madrugada

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Observei as lindas árvores que tem na minha universidade
Encontei uma conhecida agora jornalista no ônibus
Vi os estudantes caminhando até suas salas
Também aqueles que ainda contavam as novidades do fim de semana
Vi meus amigos
E os meninos que trabalham no xerox, brincando e sorrindo

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Vi a turma de jornalismo e relações públicas na mesma sala
Vi a garrafa de água que a professora tem da Marcha Mundial das Mulheres
Um amigo chegar atrasado na aula novamente
Todos fazendo um trabalho em grupo
Por fim, vi todos saindo para o intervalo

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Vi a lanchonete lotada, e várias mesas espalhadas pelo calçadão
Muitos jovens conversando, rindo, jogando
Vi pessoas saindo da Capela
Entrando na Biblioteca
Muitos procurando livros
A senhora bibliotecária com seu mal humor contagiante

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Vi uma amiga muito animada que nos acompanhou até a sala de aula
Um professor muito maluco, inteligente e espontâneo
O trabalho que eu e minha amiga varamos a noite fazendo
Vi um 9.0 também
A sala discutindo e rindo da Liberdade e Comunicação
Minha caneta passando por várias mãos para assinar a chamada
A despedida de quem vai e quem fica

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O sol brilhante e quente
No xerox dessa vez vi apenas um menino simpático também
Vi estudantes no ponto de ônibus
Filas para pegar senha e colocar créditos no cartão
O Restaurante Universitário como sempre cheio
Vi e comi um bombom de nozes delicioso

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Vi alface, pernil, arroz e feijão
O suco amarelo
Uma conversa de almoço com pessoas novas pra mim
Vi já o Restaurante mais vazio
Duas amigas na fila ainda para comer

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Meu celular tocando
No caminho até o estágio ásvores e estudantes
Vi a menina que sempre vejo no banheiro

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Vi as pessoas chegando do almoço no meu trabalho
Vi meu e-mail, twitter, blog...
Videos de Julieta V.
Vi gente na fila para o lanche da tarde
Alguns que me viram e não me cumprimentaram
Suco e lanche natural
Vi de novo o notebook antigo que uso no estágio

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Vi várias pessoas se despedindo
Vi que estava na hora de também ir
Vi que já escurecia
O ônibus chegou na hora
O livro que estava lendo
Vi Chegar no Terminal

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Vi uma grande amiga
Vários conhecidos
Os carros indo para casa
O friozinho da noite
Vi meu chegar
Uma conhecida no caminho

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Vi o portão se abrir
A vizinha que estava no sofá de casa
Minha mãe que estava no banho
Vi as duas saindo para a igreja

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Vi meu blog
Que perdi umas fotos importantes
Alguns no msn
E vi este post...















E ainda vi a nova lâmpada que colocaram na rua de casa!

domingo, maio 09, 2010

Nada demais para Julieta

Nada demais tem acontecido para que Julieta pudesse dizer feliz. Mas percebe-se mais tranqüila, talvez até decidida. Seus pensamentos aos poucos se acalmam e ela consegue ver as coisas com mais clareza.

Decidir certamente, nunca foi seu forte, ainda mais decidir por si mesma. Parar para pensar também não costumava fazer. Chegou a um ponto que tudo estava confuso, que o que pra ela sempre foi bom, agora a sufocava.
Eram tantas coisas. Eram tantas pessoas. Tudo dependia dela. Parou e viu o que estava criando, por qual caminho estava indo. E sabe o que Julieta via? Via muita coisa, muita correria e pouco foco, no fim nem sabia mais o que realmente queria para si.
Pensou em sumir, em abandonar tudo, em viajar, em se trancar no quarto, em virar freira... mas e ai? Adiantaria? E o que faria com seus sonhos? Simplesmente os esqueceria?
Ela viu que não era assim. Precisava lutar por sua vida. Precisava caminhar na direção certa. E principalmente, ter claro seus objetivos.
Hoje, Julieta não está 100% boa, 100% decidida, 100% diferente. Mas está lutando para ser melhor... quer viver seu presente, cada momento de uma vez.


segunda-feira, abril 26, 2010

Foto do dia de hoje...

O gato que se chamará Gato

tá assim:

da outra vez, disse não
          acabou virando sim
dessa vez digo sim
                       na esperança de ter um não!

De ontem...

"Quando não for possível ver o caminho, sinta a natureza, e deixe os sentimentos guiar-te. Nem sempre o caminho da racionalidade é o melhor" Iasi

domingo, abril 25, 2010

Comum-unidade

Me encanta as cores vivas das flores, os sorrisos tortos mais sinceros da simplicidade. Estou encantada com as facilidades da vida, com as viagens que faço sem sair da frente de um computador. Como me encanta saber que quanto mais viajo, mais conheço. Ah como estou encantada com a vida, com as pessoas e suas vidas.

Gostaria de viver ouvindo, gravando, registrando as tantas histórias que escuto mundo a fora. Trazer ao conhecimento de todos, as lutas, as dificuldades, as alegrias e experiências dos desconhecidos.

Mostrar o quão é belo se viver, experimentar os sabores, os cheiros do mundo. Reconhecer na vida do outro o sentido para valorizar a própria vida. Compreender que homem é um ser livre, criativo e curioso.

Os problemas são de todos. Todos têm, todos terão. Iguais ou não, partilhar a vida é importante para o crescimento mutuo ou mesmo para superar os próprios medos e defeitos que a gente se impõe.

Somos seres comunitários, procuramos de alguma forma, algum dia, alguém para nos entender, talvez ajudar. No fundo todos querem ser lembrados, querem ser importantes pra algum ser.

Na comum-unidade entendemos os prazeres da vida, e do mundo. Percebemos o natural da vida a intenção própria do significado de viver.

Carlos, apenas


Havia acabado de comprar uma coxinha de frango e uma coca-cola gelada. Peguei minhas malas e me sentei numa mureta na grande rodoviária de Curitiba.
Acabava de saborear a coxinha e apreciaria aquela coca que tanto gosto. Quando avistei de longe um homem magro com seus aproximados 30 anos, munido de documentos e alguns papéis amassados. O que me chamava atenção é que ele usava uma mini-saia branca com uma blusa três por quatro roxa e uma rasteira simples nos pés. No cabelo amarelado um arquinho rosa segurava a franja. Seu andar era manco e desconcertado.
Na mureta também, um pouco mais a frente de mim, duas mulheres loiras conversavam discretamente e quando viram aquele homem, imediatamente emitiram expressões de repudio e indignação e cochicharam entre si.
Virei meu rosto em outra direção e fingi não ter visto que ele se aproximava. Quando percebi, ele já estava a minha frente resmungando algumas palavras que não entendi. Sua boca era grande e tinha na parte de cima da gengiva apenas um dente amarelo.
Olhei para ele e arrisquei um sorriso confuso, que a priori de pena e solidariedade. Perguntei o que ele disse então me mostrando os documentos e os papéis que não pude ver direito, mas acredito que eram xérox de exame, me falou que precisava de ajuda para comprar algo de comer. Segundo ele, estava se tratando da AIDS, e disse que acabava de retornar a sua vida novamente.
Agora com certo receio do que ouviria, perguntei, “Que vida”? Ele me olhou desconcertado e gaguejando, falou que a vida de SER HUMANO. Senti naquele instante um nó na garganta e queria poder ajudar de algum jeito.
Como não gosto de dar dinheiro como esmola, expliquei que não tinha nada, apenas aquela coca-cola. Então ele me pediu um gole, entreguei a ele. Ele de alguma forma sorriu agradecido e começou a andar.
Eu estava curiosa, queria saber daquele homem, da sua vida, mas ele me parecia ter medo. Parecia ter vergonha daquela situação. Isso me apertou o coração. Foi quando perguntei seu nome e ele respondeu “Carlos”. Queria fazer algo por ele naquele momento, mas o que?
Acompanhei sua partida com os olhos, até que ele sumiu da minha vista. Queria chorar, espernear, gritar, queria expressar minha indignação. Não por ele, nem pelo que tenha feito. Se ele se drogava, se prostituía, mas porque ele fez aquilo consigo mesmo? Como chegou a esse ponto? Sou tão pequena, me senti inútil diante da situação. E me perguntava o que aquela coca-cola ajudaria na vida de Carlos?
Virei meu rosto em outra direção e fingi não ter visto que ele se aproximava. Quando percebi, ele já estava a minha frente resmungando algumas palavras que não entendi. Sua boca era grande e tinha na parte de cima da gengiva apenas um dente amarelo.

Olhei para ele e arrisquei um sorriso confuso, que a priori de pena e solidariedade. Perguntei o que ele disse então me mostrando os documentos e os papéis que não pude ver direito, mas acredito que eram xérox de exame, me falou que precisava de ajuda para comprar algo de comer. Segundo ele, estava se tratando da AIDS, e disse que acabava de retornar a sua vida novamente.

Agora com certo receio do que ouviria, perguntei, “Que vida”? Ele me olhou desconcertado e gaguejando, falou que a vida de SER HUMANO. Senti naquele instante um nó na garganta e queria poder ajudar de algum jeito.
Como não gosto de dar dinheiro como esmola, expliquei que não tinha nada, apenas aquela coca-cola. Então ele me pediu um gole, entreguei a ele. Ele de alguma forma sorriu agradecido e começou a andar.
Eu estava curiosa, queria saber daquele homem, da sua vida, mas ele me parecia ter medo. Parecia ter vergonha daquela situação. Isso me apertou o coração. Foi quando perguntei seu nome e ele respondeu “Carlos”. Queria fazer algo por ele naquele momento, mas o que?
Acompanhei sua partida com os olhos, até que ele sumiu da minha vista. Queria chorar, espernear, gritar, queria expressar minha indignação. Não por ele, nem pelo que tenha feito. Se ele se drogava, se prostituía, mas porque ele fez aquilo consigo mesmo? Como chegou a esse ponto? Sou tão pequena, me senti inútil diante da situação. E me perguntava o que aquela coca-cola ajudaria na vida de Carlos?